Data de publicação
2009
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2º vice-rei do Brasil. O conde de Óbidos nasceu no início do século XVII e morreu a 4 de Julho de 1678.
D. Vasco de Mascarenhas era filho de D. Fernão Martins Mascarenhas, senhor de Lavre, e de sua mulher D. Maria de Lencastre.
Ainda sob o domínio espanhol, o conde de Óbidos serviu na Flandres, de onde passou ao Brasil. De regresso ao Reino foi-lhe concedido o título pelos serviços prestados naquela colónia.
O 1º conde de Óbidos foi conselheiro de Guerra com D. João IV, conselheiro de Estado por nomeação de D. Afonso VI, comendador das Ordens de Cristo e Santiago, alcaide-mor de Óbidos e senhor de Selir no Porto.
Em 1639, voltou ao Brasil na armada do conde da Torre, como general da artilharia e mestre de campo, tendo até exercido, como lugar-tenente, de 30 de Novembro a Junho de 1640, as funções de governador-geral, quando o conde da Torre participou na expedição para libertar Pernambuco do domínio holandês.
Regressado a Portugal, partidário de D. João IV, foi nomeado pelo monarca governador do Algarve. Em 1642, foi transferido para o governo das armas do Alentejo. Ocupava novamente o governo do Algarve quando, em 1652, foi nomeado vice-rei da Índia.
Chegou à Índia, em Setembro de 1652, com uma esquadra de quatro navios. A sua severidade ocasionou alguns movimentos de revolta, pelo que foi rapidamente substituído pelo conde de Sarzedas.
Foi nomeado vice-rei do Brasil e tomou posse, na Baía, a 24 de Junho de 1663, governando até 1667.
A sua principal tarefa foi reorganizar a administração da colónia, uma vez que as atenções anteriores se tinham concentrado na luta contra os Holandeses. A corrupção aumentara, os abusos e descaminhos em relação à Fazenda pública estavam incontroláveis.
Providenciou a valorização da moeda no Brasil de modo a retê-la na colónia e mandou cunhar mais moeda, regulamentado o modo como estes cunhos se deveriam efectuar. Deu conta de que os quintos do ouro de São Paulo não passavam todos pela Fazenda Real, onde os governadores das capitanias do Sul exerciam a sua influência e defendiam os seus interesses pessoais. Ordenou para que os poderes extraordinários, atribuídos a estes mesmos governadores, lhes fossem revogados.
O seu governo ficou marcado por uma violenta epidemia de varíola que dizimou boa parte dos habitantes da colónia brasileira.
Regressado ao Reino, em 1667, foi nomeado estribeiro-mor da rainha D. Maria Francisca Isabel de Sabóia, cargo que desempenhou até à sua morte, em 1678.
O conde de Óbidos casou duas vezes. O primeiro matrimónio, contraído em Espanha, foi com D. Jerónima de La Cueva y Mendoza, dama da rainha D. Isabel de Bourbon, filha de D. Luís de La Cueva y Benevides, senhor de Bedmar, e de D. Elvira de Mendoza, e irmã do cardeal de La Cueva. Desta primeira união teve apenas uma filha. Desposou a sua sobrinha em segundas núpcias, D. Joana de Vilhena, filha dos 3ºs condes de Santa Cruz. Deste casamento, teve vários filhos, entre os quais o sucessor no título, D. Fernando Martins Mascarenhas.
Bibliografia:
CAMPO BELO, Conde de, Governadores Gerais e Vice-Reis do Brasil, Lisboa, Agência Geral das Colónias, 1935; Nova história da expansão portuguesa, dir. Joel Serrão e A. H. Oliveira Marques, vol. VII, O império Luso Brasileiro: 1620-1750, coord. de Fréderic Mauro, Lisboa, Estampa, 1991; VARNHAGEN, Francisco Adolfo de, História Geral do Brasil: antes da sua separação e independência de Portugal, São Paulo, Ed. Melhoramentos, 4ªed., 1948, ZÚQUETE, Afonso Eduardo Martins, Nobreza de Portugal e do Brasil, Lisboa, ed. Enciclopédia, 1960-1989.
D. Vasco de Mascarenhas era filho de D. Fernão Martins Mascarenhas, senhor de Lavre, e de sua mulher D. Maria de Lencastre.
Ainda sob o domínio espanhol, o conde de Óbidos serviu na Flandres, de onde passou ao Brasil. De regresso ao Reino foi-lhe concedido o título pelos serviços prestados naquela colónia.
O 1º conde de Óbidos foi conselheiro de Guerra com D. João IV, conselheiro de Estado por nomeação de D. Afonso VI, comendador das Ordens de Cristo e Santiago, alcaide-mor de Óbidos e senhor de Selir no Porto.
Em 1639, voltou ao Brasil na armada do conde da Torre, como general da artilharia e mestre de campo, tendo até exercido, como lugar-tenente, de 30 de Novembro a Junho de 1640, as funções de governador-geral, quando o conde da Torre participou na expedição para libertar Pernambuco do domínio holandês.
Regressado a Portugal, partidário de D. João IV, foi nomeado pelo monarca governador do Algarve. Em 1642, foi transferido para o governo das armas do Alentejo. Ocupava novamente o governo do Algarve quando, em 1652, foi nomeado vice-rei da Índia.
Chegou à Índia, em Setembro de 1652, com uma esquadra de quatro navios. A sua severidade ocasionou alguns movimentos de revolta, pelo que foi rapidamente substituído pelo conde de Sarzedas.
Foi nomeado vice-rei do Brasil e tomou posse, na Baía, a 24 de Junho de 1663, governando até 1667.
A sua principal tarefa foi reorganizar a administração da colónia, uma vez que as atenções anteriores se tinham concentrado na luta contra os Holandeses. A corrupção aumentara, os abusos e descaminhos em relação à Fazenda pública estavam incontroláveis.
Providenciou a valorização da moeda no Brasil de modo a retê-la na colónia e mandou cunhar mais moeda, regulamentado o modo como estes cunhos se deveriam efectuar. Deu conta de que os quintos do ouro de São Paulo não passavam todos pela Fazenda Real, onde os governadores das capitanias do Sul exerciam a sua influência e defendiam os seus interesses pessoais. Ordenou para que os poderes extraordinários, atribuídos a estes mesmos governadores, lhes fossem revogados.
O seu governo ficou marcado por uma violenta epidemia de varíola que dizimou boa parte dos habitantes da colónia brasileira.
Regressado ao Reino, em 1667, foi nomeado estribeiro-mor da rainha D. Maria Francisca Isabel de Sabóia, cargo que desempenhou até à sua morte, em 1678.
O conde de Óbidos casou duas vezes. O primeiro matrimónio, contraído em Espanha, foi com D. Jerónima de La Cueva y Mendoza, dama da rainha D. Isabel de Bourbon, filha de D. Luís de La Cueva y Benevides, senhor de Bedmar, e de D. Elvira de Mendoza, e irmã do cardeal de La Cueva. Desta primeira união teve apenas uma filha. Desposou a sua sobrinha em segundas núpcias, D. Joana de Vilhena, filha dos 3ºs condes de Santa Cruz. Deste casamento, teve vários filhos, entre os quais o sucessor no título, D. Fernando Martins Mascarenhas.
Bibliografia:
CAMPO BELO, Conde de, Governadores Gerais e Vice-Reis do Brasil, Lisboa, Agência Geral das Colónias, 1935; Nova história da expansão portuguesa, dir. Joel Serrão e A. H. Oliveira Marques, vol. VII, O império Luso Brasileiro: 1620-1750, coord. de Fréderic Mauro, Lisboa, Estampa, 1991; VARNHAGEN, Francisco Adolfo de, História Geral do Brasil: antes da sua separação e independência de Portugal, São Paulo, Ed. Melhoramentos, 4ªed., 1948, ZÚQUETE, Afonso Eduardo Martins, Nobreza de Portugal e do Brasil, Lisboa, ed. Enciclopédia, 1960-1989.