Data de publicação
2009
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Governador interino (1587-1591)
As vias de sucessão de Manuel Teles de Barreto estipulavam que governassem interinamente o bispo D. António Barreiros, o provedor-mor Cristóvão de Barros e o ouvidor-geral António Coelho Aguiar. Este último, ocupado com as guerras da Paraíba, deixou as responsabilidades do governo para o bispo e o provedor.
Cristóvão de Barros era filho de António Cardoso de Barros, primeiro donatário do Ceará e provedor-mor da fazenda durante o governo de Tomé de Sousa, foi capitão do Rio de Janeiro antes de passar a gerir a fazenda real no Brasil.
Estava ausente da Baía, para recolher as esmolas para a casa da Misericórdia na zona do recôncavo, quando os ingleses entraram na cidade de Salvador e tentaram conquistá-la. A sua intervenção fez com que desistissem deste seu intento que estava a ponto de ser concretizado, no entanto, deslocaram-se para a zona do recôncavo onde se dedicaram a actos de pilhagem. O provedor tratou de organizar uma esquadrilha de barcaças, sob o comando de Sebastião Faria que, com o apoio dos índios das aldeias tuteladas pelos jesuítas, tratou de forçar os inimigos a retirarem-se.
Apesar de, em Março de 1588, ter sido nomeado como governador, Francisco Giraldes, este não conseguiu atingir a costa do Brasil e, após duas tentativas de navegação fracassadas, acabou por desistir desta função. Esta situação fez com que o governo interino se prolongasse durante mais algum tempo.
Cristovão de Barros desempenhou um papel importante na fundação da capitania do Sergipe, conquista necessária para diminuir o poder que os indígenas tinham nesta zona e para controlar a presença francesa no seu litoral. O provedor comandou a expedição, enquanto o bispo ficou com os encargos do governo.
Bibliografia:
CAMPO BELO, Conde de, Governadores Gerais e Vice-Reis do Brasil, Lisboa, Agência Geral das Colónias, 1935. Nova história da expansão portuguesa, dir. Joel Serrão e A. H. Oliveira Marques; vol.VI, O império luso-brasileiro:1520-1620, coord. Harold Jonhson e Maria Beatriz Nizza da Silva, Lisboa, Estampa, 1992. VARNHAGEN, Francisco Adolfo de, História Geral do Brasil: antes da sua separação e independência de Portugal, São Paulo, Ed. Melhoramentos, 4ªed., 1948.
As vias de sucessão de Manuel Teles de Barreto estipulavam que governassem interinamente o bispo D. António Barreiros, o provedor-mor Cristóvão de Barros e o ouvidor-geral António Coelho Aguiar. Este último, ocupado com as guerras da Paraíba, deixou as responsabilidades do governo para o bispo e o provedor.
Cristóvão de Barros era filho de António Cardoso de Barros, primeiro donatário do Ceará e provedor-mor da fazenda durante o governo de Tomé de Sousa, foi capitão do Rio de Janeiro antes de passar a gerir a fazenda real no Brasil.
Estava ausente da Baía, para recolher as esmolas para a casa da Misericórdia na zona do recôncavo, quando os ingleses entraram na cidade de Salvador e tentaram conquistá-la. A sua intervenção fez com que desistissem deste seu intento que estava a ponto de ser concretizado, no entanto, deslocaram-se para a zona do recôncavo onde se dedicaram a actos de pilhagem. O provedor tratou de organizar uma esquadrilha de barcaças, sob o comando de Sebastião Faria que, com o apoio dos índios das aldeias tuteladas pelos jesuítas, tratou de forçar os inimigos a retirarem-se.
Apesar de, em Março de 1588, ter sido nomeado como governador, Francisco Giraldes, este não conseguiu atingir a costa do Brasil e, após duas tentativas de navegação fracassadas, acabou por desistir desta função. Esta situação fez com que o governo interino se prolongasse durante mais algum tempo.
Cristovão de Barros desempenhou um papel importante na fundação da capitania do Sergipe, conquista necessária para diminuir o poder que os indígenas tinham nesta zona e para controlar a presença francesa no seu litoral. O provedor comandou a expedição, enquanto o bispo ficou com os encargos do governo.
Bibliografia:
CAMPO BELO, Conde de, Governadores Gerais e Vice-Reis do Brasil, Lisboa, Agência Geral das Colónias, 1935. Nova história da expansão portuguesa, dir. Joel Serrão e A. H. Oliveira Marques; vol.VI, O império luso-brasileiro:1520-1620, coord. Harold Jonhson e Maria Beatriz Nizza da Silva, Lisboa, Estampa, 1992. VARNHAGEN, Francisco Adolfo de, História Geral do Brasil: antes da sua separação e independência de Portugal, São Paulo, Ed. Melhoramentos, 4ªed., 1948.