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2009
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De origem japonesa, casada em segundas núpcias com o mercador António da Silva, residente no Japão mais de vinte e nove anos, a quem foram confiscados onze mil taeis, foi desterrada do Japão em 1634, juntamente com este último e a filha de ambos. Do primeiro casamento teve um filho Diogo da Costa. Martirizada, tal como a sua filha, com água fervente, tornou-se clarissa, com o acordo do marido. A filha cuja maturidade se revelou precoce, e que optou também pela vida religiosa, adoptou o nome de Madre Maria da Madre de Deus. Fazendo parte do conjunto de mulheres japonesas que tiveram que se integrar forçosamente na sociedade macaense, nunca recuperou totalmente do facto de ter ficado desequilibrada emocionalmente. O acontecimento marcou também o marido que por sua vez optou também pela vida religiosa, tornando-se franciscano da Terceira Ordem. Tendo entrado para o Convento de Santa Clara em 1636, morreu em 25 de Outubro de 1651, cerca de dezassete anos depois do marido que entretanto tendo desistido da opção que tomara, se voltara a dedicar ao comércio, como mercador estabelecido na cidade de Manila.

Bibliografia:
PENALVA, Elsa, «Mulheres em Macau 1633-1644», Actas do Colóquio Internacional Macau no Período Ming, Centro Científico e Cultural de Macau, I.P., 2007 (no prelo).