Data de publicação
2010
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Mercador de origem florentina, pertencente à família de banqueiros de' Bardi que se estabeleceram em Lisboa durante o século XV. Casou com Antónia de Azevedo e residiu no Terreiro de S. Mamede. Teve quatro filhos, um rapaz e três raparigas.
Desde 1543 que o seu nome figurava na lista das entregas de ouro à Casa da Moeda.
Teve ligações comerciais significativas com as casas dos Giraldi e Affatati. Foi testamentário do também mercador florentino Luca Giraldi de quem era amigo, no qual foi designado responsável pela sociedade da casa Affaitati nos assuntos correspondentes à praça lisboeta.
Em Março do ano de 1575 foi-lhe atribuído o contrato da Mina, juntamente com o da alfândega.
Em Abril de 1576 foi avisado por Antonio Vecchietti (agente do grão-duque da Toscânia) quanto à possibilidade da realização de um contrato de especiarias (principalmente pimenta) com o rei D. Sebastião. No mês de Setembro do mesmo ano, no dia 23, Jacome Bardi agradeceu ao grão-duque da Toscânia o contentamento deste pelo trabalho feito relativamente ao referido contrato e informou-o da possibilidade de recolher mais pimenta e enviá-la ao porto de Livorno se o grão-duque lhe disponibilizasse as suas galés.
Durante o período sequente à aclamação do cardeal D. Henrique como rei de Portugal, período esse que correspondeu também ao declínio da influência florentina em Lisboa, Jacome de Bardi manteve-se como uma figura preponderante na economia portuguesa até à data da sua morte, e uma referência para todos os mercadores que aspiravam a entrar nos negócios portugueses.
Faleceu a 31 de Março de 1588, tendo sido sepultado na igreja de S. Francisco.
Bibliografia:
ALESSANDRINI, Nunziatella, Os italianos na Lisboa de 1500 a 1680: das hegemonias florentinas às genovesas (tese de doutoramento), Lisboa, Universidade Aberta, 2009.
Desde 1543 que o seu nome figurava na lista das entregas de ouro à Casa da Moeda.
Teve ligações comerciais significativas com as casas dos Giraldi e Affatati. Foi testamentário do também mercador florentino Luca Giraldi de quem era amigo, no qual foi designado responsável pela sociedade da casa Affaitati nos assuntos correspondentes à praça lisboeta.
Em Março do ano de 1575 foi-lhe atribuído o contrato da Mina, juntamente com o da alfândega.
Em Abril de 1576 foi avisado por Antonio Vecchietti (agente do grão-duque da Toscânia) quanto à possibilidade da realização de um contrato de especiarias (principalmente pimenta) com o rei D. Sebastião. No mês de Setembro do mesmo ano, no dia 23, Jacome Bardi agradeceu ao grão-duque da Toscânia o contentamento deste pelo trabalho feito relativamente ao referido contrato e informou-o da possibilidade de recolher mais pimenta e enviá-la ao porto de Livorno se o grão-duque lhe disponibilizasse as suas galés.
Durante o período sequente à aclamação do cardeal D. Henrique como rei de Portugal, período esse que correspondeu também ao declínio da influência florentina em Lisboa, Jacome de Bardi manteve-se como uma figura preponderante na economia portuguesa até à data da sua morte, e uma referência para todos os mercadores que aspiravam a entrar nos negócios portugueses.
Faleceu a 31 de Março de 1588, tendo sido sepultado na igreja de S. Francisco.
Bibliografia:
ALESSANDRINI, Nunziatella, Os italianos na Lisboa de 1500 a 1680: das hegemonias florentinas às genovesas (tese de doutoramento), Lisboa, Universidade Aberta, 2009.