Data de publicação
2009
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(Ilha Bioko). Ilha da baía do Biafra (Golfo da Guiné), com uma área de mais de 2 000 km2 de superfície, hoje designada por Bioko e fazendo parte integrante da Guiné Equatorial. Situada apenas a 18 milhas da costa, era, entre as ilhas do golfo da Guiné, a única habitada à data da chegada dos portugueses, que inicialmente lhe chamaram ilha Formosa. Segundo João de Barros, a ilha terá sido descoberta durante o contrato de Fernão Gomes (1469-1475) pelo navegador que acabou por dar-lhe o nome, Fernando Pó ou Fernão do Pó.
Pelo facto de ser habitada por populações aguerridas (os bubi), pela proximidade da costa ou por outras razões, Portugal nunca mostrou interesse particular pela colonização da ilha. Foram feitas experiências iniciais de introdução da cana-de-açúcar e houve contactos irregulares com a ilha de São Tomé mas, aparentemente, sem continuidade. No entanto, segundo a tradição, teria existido, algures no litoral da ilha, um pequeno forte designado, em alguma cartografia do século XVIII, por "forte português". Na zona sul fixaram-se, desde cedo, grupos de escravos fugidos, em canoas, das ilhas de São Tomé e do Príncipe.
Em 1777, pelo tratado de Santo Ildefonso (confirmado e ajustado pelo tratado do Pardo, de 11 de Março de 1778), Portugal cedeu à coroa espanhola, com a ilha de Ano Bom, os direitos, baseados em critérios de carácter histórico, sobre a ilha de Fernando Pó. Através dela, Espanha esperava poder participar no tráfico de escravos com a costa continental africana.
Bibliografia:
CANTÚS, Dolores García, Fernando Poo: una aventura colonial española, Vic (Barcelona), CEIBA/Centros Culturales Españoles de Guinea Ecuatorial, 2006. CASTRO, Mariano de e Calle, Maria Luisa de la, Origen de la colonización española de Guinea Ecuatorial (1777-1860), Valladolid, Universidad de Valladolid, 1992. MATOS, Raimundo José da Cunha, Compêndio histórico das possessões da coroa de Portugal nos mares e continentes da África Oriental e Ocidental, Rio de Janeiro, Ministério da Justiça e dos Negócios Interiores-Arquivo Nacional, 1963.
Pelo facto de ser habitada por populações aguerridas (os bubi), pela proximidade da costa ou por outras razões, Portugal nunca mostrou interesse particular pela colonização da ilha. Foram feitas experiências iniciais de introdução da cana-de-açúcar e houve contactos irregulares com a ilha de São Tomé mas, aparentemente, sem continuidade. No entanto, segundo a tradição, teria existido, algures no litoral da ilha, um pequeno forte designado, em alguma cartografia do século XVIII, por "forte português". Na zona sul fixaram-se, desde cedo, grupos de escravos fugidos, em canoas, das ilhas de São Tomé e do Príncipe.
Em 1777, pelo tratado de Santo Ildefonso (confirmado e ajustado pelo tratado do Pardo, de 11 de Março de 1778), Portugal cedeu à coroa espanhola, com a ilha de Ano Bom, os direitos, baseados em critérios de carácter histórico, sobre a ilha de Fernando Pó. Através dela, Espanha esperava poder participar no tráfico de escravos com a costa continental africana.
Bibliografia:
CANTÚS, Dolores García, Fernando Poo: una aventura colonial española, Vic (Barcelona), CEIBA/Centros Culturales Españoles de Guinea Ecuatorial, 2006. CASTRO, Mariano de e Calle, Maria Luisa de la, Origen de la colonización española de Guinea Ecuatorial (1777-1860), Valladolid, Universidad de Valladolid, 1992. MATOS, Raimundo José da Cunha, Compêndio histórico das possessões da coroa de Portugal nos mares e continentes da África Oriental e Ocidental, Rio de Janeiro, Ministério da Justiça e dos Negócios Interiores-Arquivo Nacional, 1963.