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Data de publicação
2009
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Mercador residente e actuante em Macau na primeira metade do século XVII desempenhou o cargo de escrivão da Santa Casa da Misericórdia em 1624 e 1625. Com uma estadia de cerca de 27 anos nesta cidade, encontra-se nomeado na «Lista De La gente Efetiua que Ay Em esta Ciudade Assy, Visinos Como Estrauagantes forasteros E gente De lla tierra» de 1625, como sendo morador na freguesia da Sé. Integrou o núcleo de Capitães-Mores e Feitores da viagem do Japão.

Fez parte da elite do poder, riqueza, e saber, das décadas de 20, 30, e 40 de Seiscentos, nomeadamente oito vezes na segunda, e quatro na terceira. Participou no debate de 1631-1637 sobre o novo tipo de eleição do feitor da viagem do Japão imposto pelo Vice-rei Conde de Linhares, segundo proposta do Desembargador Sebastião Soares Pais.

Assinou o termo de 31 de Maio de 1642 aquando da aclamação de D. João IV em Macau. Cidadão com destaque em 1642 agiu em conformidade com o Capitão geral D. Sebastião Lobo da Silveira, na contenda que opôs o Governador de Bispado frei Bento de Cristo aos Comissários do Santo Ofício padre Gaspar Luís e padre Gaspar do Amaral. Por sugestão de António Fialho Ferreira, e na sequência da aclamação de D. João IV, deveria ser agraciado com o Hábito da Ordem de Cristo.

Vereador em 1643 fez parte do conjunto de cidadãos favorável ao reforço da parcial autonomia macaense relativamente ao Estado da Índia, e que nesta linha elegeu Adjuntos Procuradores do povo.

Participou no debate da embaixada ao Japão entre 1645 e 1646 sendo considerado um dos seis cidadãos de Macau de maior autoridade no que concernia à viagem do Japão.

Bibliografia:
PENALVA, Elsa, Lutas pelo Poder em Macau (c.1590-c.1660), Universidade de Lisboa, 2005 (tese de doutoramento policopiada).