Data de publicação
2009
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26º governador-geral do Brasil.
D. António Luís de Sousa nasceu, a 6 de Abril de 1644, e morreu a 25 de Dezembro de 1721.
O 2º marquês de Minas e 4º conde do Prado era filho de D. Francisco de Sousa, marquês de Minas, e de D. Eufrásia Filipa de Noronha e Lima, filha dos condes da Torre.
Foi senhor das vilas de Beringel e Prado, e das vilas brasileiras de Guvari e Nossa Senhora da Escada, alcaide-mor de Beja, senhor de cinco comendas na ordem de Cristo e duas na de Santiago.
Começou a sua carreira militar aos 13 anos, achando-se na defesa de Elvas, em 1658 e 1659. Em 1661 era capitão das guardas do exército comandado pelo pai e, dois anos depois, mestre-de-campo de um terço de Infantaria. Nesta qualidade, fez parte das forças com que o seu pai se distinguiu na fronteira do Minho. Em 1665, foi nomeado general de batalha e, no ano seguinte, actuou junto a Valença, derrotando os Espanhóis. Firmada a paz que pôs termo à Guerra da Restauração, foi destacado como governador das armas de Entre-Douro-e-Minho, e, em 1674, foi promovido a mestre de campo general.
D. António Luís de Sousa foi governador-geral do Brasil entre 1684 e 1687.
A primeira tarefa que lhe coube foi a de reprimir o autoritarismo do governador de Pernambuco, João da Cunha de Sotomaior.
Deparou-se com um grande surto epidémico, a que chamaram a bicha, mal que fulminou rapidamente a maior parte da população na zona do Pernambuco e da Baía. Entre as vítimas, contou-se o arcebispo da Baía D. frei João da Madre de Deus. O governador ficou conhecido pelas visitas que fazia aos doentes, dando abrigo e remédios aos mais desfavorecidos.
Foi também nesta altura que se deu a revolta do Maranhão. Nesta região, há muito que eram frequentes os conflitos entre as autoridades e os mercadores de escravos, sobretudo após a expulsão dos padres jesuítas, na década de 60, principais opositores do comércio esclavagista. A 1 de Abril de 1680 publicou-se um decreto que proibia a escravatura, o que provocou grande descontentamento entre os que se dedicavam a esta prática. Depressa se formou um grupo de conjurados do qual faziam parte Manuel Beckman e Manuel Serrão de Castro. A 23 de Fevereiro de 1684, estes conspiradores e os seus aliados atacaram a casa do capitão-mor, Baltasar Fernandes, e ocuparam os principais pontos fortes da cidade. O governador do Maranhão, Francisco de Sá e Meneses, que se encontrava em Belém, aguardou pelo desenrolar dos acontecimentos, da mesma forma que D. António Luís de Sousa decidiu consultar a Metrópole, antes de tomar qualquer decisão. A crescente impopularidade dos revoltados, bem como a expedição enviada pela Coroa, comandada pelo tenente-general Gomes Freire de Andrade, fez com que este conflito terminasse rapidamente.
De regresso a Portugal, foi presidente da Junta do Tabaco, governador das armas da Beira, conselheiro da Guerra e de Estado.
Em 1706, no âmbito da Guerra da Sucessão espanhola, o marquês de Minas foi tomando várias cidades castelhanas, entrando em Madrid quase sem resistência e fazendo aclamar rei o arquiduque Carlos, apesar de ter acabado por subir ao trono Filipe V.
Depois desta campanha, foi nomeado estribeiro-mor da rainha D. Maria Ana de Áustria. Casou com a sua prima, D. Maria Madalena de Noronha, filha do 6º senhor da Atalaia, D. Álvaro Manuel, e de sua mulher, D. Inês de Lima e Távora.
Bibliografia:
CAMPO BELO, Conde de, Governadores Gerais e Vice-Reis do Brasil, Lisboa, Agência Geral das Colónias, 1935; Nova história da expansão portuguesa, dir. Joel Serrão e A. H. Oliveira Marques, vol. VII, O império Luso Brasileiro: 1620-1750, coord. de Fréderic Mauro, Lisboa, Estampa, 1991; VARNHAGEN, Francisco Adolfo de, História Geral do Brasil: antes da sua separação e independência de Portugal, São Paulo, Ed. Melhoramentos, 4ªed., 1948, ZÚQUETE, Afonso Eduardo Martins, Nobreza de Portugal e do Brasil, Lisboa, ed. Enciclopédia, 1960-1989.
D. António Luís de Sousa nasceu, a 6 de Abril de 1644, e morreu a 25 de Dezembro de 1721.
O 2º marquês de Minas e 4º conde do Prado era filho de D. Francisco de Sousa, marquês de Minas, e de D. Eufrásia Filipa de Noronha e Lima, filha dos condes da Torre.
Foi senhor das vilas de Beringel e Prado, e das vilas brasileiras de Guvari e Nossa Senhora da Escada, alcaide-mor de Beja, senhor de cinco comendas na ordem de Cristo e duas na de Santiago.
Começou a sua carreira militar aos 13 anos, achando-se na defesa de Elvas, em 1658 e 1659. Em 1661 era capitão das guardas do exército comandado pelo pai e, dois anos depois, mestre-de-campo de um terço de Infantaria. Nesta qualidade, fez parte das forças com que o seu pai se distinguiu na fronteira do Minho. Em 1665, foi nomeado general de batalha e, no ano seguinte, actuou junto a Valença, derrotando os Espanhóis. Firmada a paz que pôs termo à Guerra da Restauração, foi destacado como governador das armas de Entre-Douro-e-Minho, e, em 1674, foi promovido a mestre de campo general.
D. António Luís de Sousa foi governador-geral do Brasil entre 1684 e 1687.
A primeira tarefa que lhe coube foi a de reprimir o autoritarismo do governador de Pernambuco, João da Cunha de Sotomaior.
Deparou-se com um grande surto epidémico, a que chamaram a bicha, mal que fulminou rapidamente a maior parte da população na zona do Pernambuco e da Baía. Entre as vítimas, contou-se o arcebispo da Baía D. frei João da Madre de Deus. O governador ficou conhecido pelas visitas que fazia aos doentes, dando abrigo e remédios aos mais desfavorecidos.
Foi também nesta altura que se deu a revolta do Maranhão. Nesta região, há muito que eram frequentes os conflitos entre as autoridades e os mercadores de escravos, sobretudo após a expulsão dos padres jesuítas, na década de 60, principais opositores do comércio esclavagista. A 1 de Abril de 1680 publicou-se um decreto que proibia a escravatura, o que provocou grande descontentamento entre os que se dedicavam a esta prática. Depressa se formou um grupo de conjurados do qual faziam parte Manuel Beckman e Manuel Serrão de Castro. A 23 de Fevereiro de 1684, estes conspiradores e os seus aliados atacaram a casa do capitão-mor, Baltasar Fernandes, e ocuparam os principais pontos fortes da cidade. O governador do Maranhão, Francisco de Sá e Meneses, que se encontrava em Belém, aguardou pelo desenrolar dos acontecimentos, da mesma forma que D. António Luís de Sousa decidiu consultar a Metrópole, antes de tomar qualquer decisão. A crescente impopularidade dos revoltados, bem como a expedição enviada pela Coroa, comandada pelo tenente-general Gomes Freire de Andrade, fez com que este conflito terminasse rapidamente.
De regresso a Portugal, foi presidente da Junta do Tabaco, governador das armas da Beira, conselheiro da Guerra e de Estado.
Em 1706, no âmbito da Guerra da Sucessão espanhola, o marquês de Minas foi tomando várias cidades castelhanas, entrando em Madrid quase sem resistência e fazendo aclamar rei o arquiduque Carlos, apesar de ter acabado por subir ao trono Filipe V.
Depois desta campanha, foi nomeado estribeiro-mor da rainha D. Maria Ana de Áustria. Casou com a sua prima, D. Maria Madalena de Noronha, filha do 6º senhor da Atalaia, D. Álvaro Manuel, e de sua mulher, D. Inês de Lima e Távora.
Bibliografia:
CAMPO BELO, Conde de, Governadores Gerais e Vice-Reis do Brasil, Lisboa, Agência Geral das Colónias, 1935; Nova história da expansão portuguesa, dir. Joel Serrão e A. H. Oliveira Marques, vol. VII, O império Luso Brasileiro: 1620-1750, coord. de Fréderic Mauro, Lisboa, Estampa, 1991; VARNHAGEN, Francisco Adolfo de, História Geral do Brasil: antes da sua separação e independência de Portugal, São Paulo, Ed. Melhoramentos, 4ªed., 1948, ZÚQUETE, Afonso Eduardo Martins, Nobreza de Portugal e do Brasil, Lisboa, ed. Enciclopédia, 1960-1989.