Data de publicação
2009
Categorias
Governador da Índia (1576-1578).
Quinto filho de D. Diogo de Menezes, alcaide-mor de Castelo Branco, e de D. Cecília de Menezes, D. Diogo de Menezes tinha por trisavô paterno, D. Pedro de Menezes (1350-1437), que havia sido o famoso capitão de Ceuta e 1º conde de Vila Real. Pertencente a linha antiga e prestigiada, desconhece-se a sua data de nascimento e as informações que sobre ele se podem obter são parcas, visto que Diogo do Couto nem sequer refere a sua acção enquanto governador da Índia. Não se tendo matrimoniado, teve dois filhos dos quais nada se sabe. Militar destacado, logo em 1564, aquando da nomeação de D. Antão de Noronha o encontramos indigitado nas vias de sucessão por alvará do cardeal-infante (ANTT, Corpo Cronológico, I-110-136). Em 1569, durante o vice-reinado D. Luís de Ataíde, foi nomeado capitão-mor da armada do Malabar, sendo mais tarde despachado pelo vice-rei D. António de Noronha, para socorrer a fortaleza de Chale, defendida por D. Jorge de Castro. Uma vez ali chegado e impossibilitado de a defender devido à rendição da praça, logrou evacuar alguns Portugueses daquela fortaleza e atacar um forte local do sultão de Bijapur. Membro do Conselho Real, em 1576 foi nomeado governador da Índia, pelas vias de sucessão que o vice-rei Rui Lourenço de Távora, falecido em Moçambique, trazia do Reino. Imediatamente antes desta nomeação tinha desempenhado o cargo de capitão de Ormuz.
Em Setembro de 1576 iniciou o seu governo com os habituais despachos de armadas para os diversos pontos da Ásia. Durante o ano de 1577 apenas se sabe que os que os capitães que navegavam pelo Norte, D. Jerónimo Mascarenhas, D. Diogo e D. António da Silveira (irmãos) e Francisco Pessoa, foram vítimas de armadilha do tanadar de Dabul que conseguiu matar os três últimos. Quando D. Jerónimo conseguiu regressar a Goa com a notícia, findava aquele ano e chegava uma grande armada do Reino, na qual seguia Matias de Albuquerque, provido da capitania de Malaca. Apesar de Faria e Sousa afirmar que a Índia necessitava bastante desta armada nada mais refere quanto à sua posterior utilização, excepto que, em 1578, o governador enviou D. Pedro de Menezes assaltar as naus vindas de Meca que passassem pelos domínios marítimos do sultão de Bijapur. Após fácil combate, este logrou destruir duas naus inimigas, nada mais se sabendo sobre este governo da Índia. A 31 de Agosto de 1578, D. Diogo de Meneses entregava o governo ao prestigiado D. Luís de Ataíde, 3º conde de Atouguia, que pela segunda vez era nomeado vice-rei.
Uma vez regressado ao Reino, após dois anos de governação, foi nomeado pelos governadores do Reino, em 1579, capitão-mor do Alentejo, vindo a ser o general-chefe do exército de D. António, Prior do Crato, que se procurava opor à entrada de Filipe II em território português. Procurou defender Cascais, com 4000 homens e 400 cavaleiros, da investida do duque de Alba, mas em vão, acabando por ser degolado a 2 de Agosto de 1580.
Bibliografia:
LAGARTO, Mariana, "D. Diogo de Menezes" in Dicionário de História dos Descobrimentos Portuguesas, direcção de Luís de Albuquerque, Círculo de Leitores, s.l., 2004, p. 725. SOUSA, Manuel de Faria e, Ásia Portuguesa, tradução de Manuel Burquets, vol. IV, Parte 1, cap. XV, Porto, Livraria Civilização, 1945. ZÚQUETE, Afonso, Tratado de Todos os Vice-Reis e Governadores da Índia, Lisboa, Editorial Enciclopédia, 1962.
Quinto filho de D. Diogo de Menezes, alcaide-mor de Castelo Branco, e de D. Cecília de Menezes, D. Diogo de Menezes tinha por trisavô paterno, D. Pedro de Menezes (1350-1437), que havia sido o famoso capitão de Ceuta e 1º conde de Vila Real. Pertencente a linha antiga e prestigiada, desconhece-se a sua data de nascimento e as informações que sobre ele se podem obter são parcas, visto que Diogo do Couto nem sequer refere a sua acção enquanto governador da Índia. Não se tendo matrimoniado, teve dois filhos dos quais nada se sabe. Militar destacado, logo em 1564, aquando da nomeação de D. Antão de Noronha o encontramos indigitado nas vias de sucessão por alvará do cardeal-infante (ANTT, Corpo Cronológico, I-110-136). Em 1569, durante o vice-reinado D. Luís de Ataíde, foi nomeado capitão-mor da armada do Malabar, sendo mais tarde despachado pelo vice-rei D. António de Noronha, para socorrer a fortaleza de Chale, defendida por D. Jorge de Castro. Uma vez ali chegado e impossibilitado de a defender devido à rendição da praça, logrou evacuar alguns Portugueses daquela fortaleza e atacar um forte local do sultão de Bijapur. Membro do Conselho Real, em 1576 foi nomeado governador da Índia, pelas vias de sucessão que o vice-rei Rui Lourenço de Távora, falecido em Moçambique, trazia do Reino. Imediatamente antes desta nomeação tinha desempenhado o cargo de capitão de Ormuz.
Em Setembro de 1576 iniciou o seu governo com os habituais despachos de armadas para os diversos pontos da Ásia. Durante o ano de 1577 apenas se sabe que os que os capitães que navegavam pelo Norte, D. Jerónimo Mascarenhas, D. Diogo e D. António da Silveira (irmãos) e Francisco Pessoa, foram vítimas de armadilha do tanadar de Dabul que conseguiu matar os três últimos. Quando D. Jerónimo conseguiu regressar a Goa com a notícia, findava aquele ano e chegava uma grande armada do Reino, na qual seguia Matias de Albuquerque, provido da capitania de Malaca. Apesar de Faria e Sousa afirmar que a Índia necessitava bastante desta armada nada mais refere quanto à sua posterior utilização, excepto que, em 1578, o governador enviou D. Pedro de Menezes assaltar as naus vindas de Meca que passassem pelos domínios marítimos do sultão de Bijapur. Após fácil combate, este logrou destruir duas naus inimigas, nada mais se sabendo sobre este governo da Índia. A 31 de Agosto de 1578, D. Diogo de Meneses entregava o governo ao prestigiado D. Luís de Ataíde, 3º conde de Atouguia, que pela segunda vez era nomeado vice-rei.
Uma vez regressado ao Reino, após dois anos de governação, foi nomeado pelos governadores do Reino, em 1579, capitão-mor do Alentejo, vindo a ser o general-chefe do exército de D. António, Prior do Crato, que se procurava opor à entrada de Filipe II em território português. Procurou defender Cascais, com 4000 homens e 400 cavaleiros, da investida do duque de Alba, mas em vão, acabando por ser degolado a 2 de Agosto de 1580.
Bibliografia:
LAGARTO, Mariana, "D. Diogo de Menezes" in Dicionário de História dos Descobrimentos Portuguesas, direcção de Luís de Albuquerque, Círculo de Leitores, s.l., 2004, p. 725. SOUSA, Manuel de Faria e, Ásia Portuguesa, tradução de Manuel Burquets, vol. IV, Parte 1, cap. XV, Porto, Livraria Civilização, 1945. ZÚQUETE, Afonso, Tratado de Todos os Vice-Reis e Governadores da Índia, Lisboa, Editorial Enciclopédia, 1962.