Data de publicação
2010
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Mercador nascido em Génova. Filho de Odoardo Lomellini e Andreola di Matteo Lomellini. Casou com uma mulher de nacionalidade portuguesa com quem teve dois filhos, Duarte e Francisco, ambos naturais do reino por direito dadas as circunstâncias dos seus nascimentos.

Estabeleceu-se em Lisboa e em 1440 foi autorizado a viver em Portugal e a comerciar livremente os seus produtos no reino, com uma garantia de segurança para si, bem como para os seus bens e mercadorias, por um período de três anos. Essa carta de seguro foi renovada em 27 de Janeiro de 1443 por mais três anos. Formou uma larga rede financeira e comercial, recebendo de D. Afonso V uma carta de privilégio. Uma grande parte do seu rendimento provinha do seu negócio com maior escala, dedicado à exportação de cortiça, da qual detinha o monopólio por meio de um tratado assinado em 21 de Junho de 1456, e que partilhava com Domenico Scotto, também ele genovês. Teve, também, uma interveniência na produção açucareira da Madeira. Parece ter sido banqueiro do Dr. João Fernandes da Silveira, depois D. João da Silveira, barão de Alvito.

Regressou a Génova onde, a 5 de Junho de 1469, recebeu de D. Afonso V a nomeação de cônsul dos portugueses estabelecidos nessa cidade. Em 1471 recebeu do mesmo monarca uma carta de naturalização portuguesa, que foi do mesmo modo atribuída a Giovan Battista Lomellini e a Francesco Calvo.

Bibliografia:
ALESSANDRINI, Nunziatella, Os italianos na Lisboa de 1500 a 1680: das hegemonias florentinas às genovesas (tese de doutoramento), Lisboa, Universidade Aberta, 2009.