Data de publicação
2009
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Mercador filho de Miguel de Paiva e de Justina Camila nasceu em Lisboa em 1587. Tendo-se estabelecido em Macau onde casou, foi um dos vizinhos de maior destaque desta cidade na primeira metade do século XVII.
Em 1621 foi oponente da Companhia de Jesus na questão da Ilha Verde. Residente na freguesia da Sé, encontra-se referido na «Lista De La gente Efetiua que Ay Em esta Ciudade Assy, Vizinos Como Estrauagantes forasteros e gente De lla tierra» de 1625.
Era amigo pessoal do Bugio de Nagasáqui Taquenaka Unemenosho, tendo sido enviado por este em 1630 a Manila, num navio de Jerónimo Macedo de Carvalho, a fim de obter satisfações dos espanhóis pela perda do junco japonês em 1628 na costa do Sião.
Exerceu vários cargos de relevo em Macau na década de 30 de Seiscentos, nomeadamente o de Escrivão da Santa Casa da Misericórdia em 1636 e 1637, de Feitor da viagem do Japão em 1631 e 1637, e o de Escrivão da Câmara em 1638, 1639, e 1640. Este último cargo exerceu-o por privilégio real, pela sua participação na vitória contra os holandeses em 24 de Junho de 1622. Encabeçou a Embaixada de 1640 juntamente com Luís Paes Pacheco, Rodrigo Sanches de Paredes, e Gonçalo Monteiro de Carvalho, e morreu martirizado em Nagasaqui a 3 de Agosto deste mesmo ano.
Bibliografia:
ALVES, Jorge dos Santos, «Os jesuítas e a «contenda da Ilha Verde». A primeira discussão sobre a legitimidade da presença portuguesa em Macau (1621)», in A Companhia de Jesus e a Missionação no Oriente, Actas do Colóquio Internacional promovido pela Fundação Oriente e pela Revista Brotéria, Lisboa, Brotéria-revista de Cultura, Fundação Oriente, 2000. BOXER, Charles, O Grande Navio de Amacau, Macau, Fundação Oriente e Museu e Centro de Estudos Marítimos de Macau, 1989. PENALVA, Elsa, A Companhia de Jesus em Macau (1615-1626), Universidade de Lisboa, 2000 (dissertação de mestrado policopiada). IDEM, Lutas pelo Poder em Macau (c.1590-c.1660), Universidade de Lisboa, 2005 (tese de doutoramento policopiada). PIRES, Benjamim Videira, A Embaixada Mártir, Macau, Instituto Cultural de Macau, 1988.
Em 1621 foi oponente da Companhia de Jesus na questão da Ilha Verde. Residente na freguesia da Sé, encontra-se referido na «Lista De La gente Efetiua que Ay Em esta Ciudade Assy, Vizinos Como Estrauagantes forasteros e gente De lla tierra» de 1625.
Era amigo pessoal do Bugio de Nagasáqui Taquenaka Unemenosho, tendo sido enviado por este em 1630 a Manila, num navio de Jerónimo Macedo de Carvalho, a fim de obter satisfações dos espanhóis pela perda do junco japonês em 1628 na costa do Sião.
Exerceu vários cargos de relevo em Macau na década de 30 de Seiscentos, nomeadamente o de Escrivão da Santa Casa da Misericórdia em 1636 e 1637, de Feitor da viagem do Japão em 1631 e 1637, e o de Escrivão da Câmara em 1638, 1639, e 1640. Este último cargo exerceu-o por privilégio real, pela sua participação na vitória contra os holandeses em 24 de Junho de 1622. Encabeçou a Embaixada de 1640 juntamente com Luís Paes Pacheco, Rodrigo Sanches de Paredes, e Gonçalo Monteiro de Carvalho, e morreu martirizado em Nagasaqui a 3 de Agosto deste mesmo ano.
Bibliografia:
ALVES, Jorge dos Santos, «Os jesuítas e a «contenda da Ilha Verde». A primeira discussão sobre a legitimidade da presença portuguesa em Macau (1621)», in A Companhia de Jesus e a Missionação no Oriente, Actas do Colóquio Internacional promovido pela Fundação Oriente e pela Revista Brotéria, Lisboa, Brotéria-revista de Cultura, Fundação Oriente, 2000. BOXER, Charles, O Grande Navio de Amacau, Macau, Fundação Oriente e Museu e Centro de Estudos Marítimos de Macau, 1989. PENALVA, Elsa, A Companhia de Jesus em Macau (1615-1626), Universidade de Lisboa, 2000 (dissertação de mestrado policopiada). IDEM, Lutas pelo Poder em Macau (c.1590-c.1660), Universidade de Lisboa, 2005 (tese de doutoramento policopiada). PIRES, Benjamim Videira, A Embaixada Mártir, Macau, Instituto Cultural de Macau, 1988.