Data de publicação
2009
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Nos séculos XV e XVI, os pilotos usavam a bordo, e corrigiam o que neles encontravam defeituoso, os roteiros e os guias náuticos; por sua vez (mas só há disso exemplos depois de 1500), eles próprios tomavam a iniciativa de relatar dia-a-dia, embora de modo sucinto, os casos mais importantes que se iam passando (o declinar da bússola, a latitude tomada pelo Sol ou pela Polar, a cor das águas, a correntes e s ventos, etc). Os roteiros tinham tradições que remontam à Antiguidade, quando se chamavam «périplos» (na Idade Média tiveram o nome de «portulanos»); até onde sabemos, os guias náuticos manuscritos só apareceram depois de ter sido editado o primeiro, em ano que se supõe ser 1509 (Guia Náutico de Munique, assim chamado por existir numa biblioteca desta cidade alemã o único exemplar conhecido). Por vezes os pilotos copiavam para um só caderno roteiros, guias náuticos e alguns diários os seus resumos, constituindo o conjunto aquilo a que hoje chamamos «livro de marinharia».
Artigo originalmente publicado no Dicionário de História dos Descobrimentos Portugueses, dir. Luís de Albuquerque, e reproduzido por cortesia do Círculo de Leitores
Artigo originalmente publicado no Dicionário de História dos Descobrimentos Portugueses, dir. Luís de Albuquerque, e reproduzido por cortesia do Círculo de Leitores