Data de publicação
2009
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5º vice-rei do Brasil (1735-1749). O 4º conde das Galveias nasceu em Dezembro de 1668 e morreu a 29 de Janeiro de 1753.
André de Melo e Castro era filho segundo do 1º conde das Galveias, Dinis de Melo e Castro, e tio do 3º conde, António de Melo e Castro, a quem sucedeu no título. Ainda jovem optou por seguir a vida eclesiástica, doutorando-se na universidade de Coimbra. Chegou a ter a nomeação de deão da capela ducal de Vila Viçosa, mas em 1711, acabou por abandonar esta carreira e D. João V utilizou os seus talentos numa missão diplomática junto do Papa. Entrou nesse ano em Roma e foi, em 1718, revestido da qualidade de embaixador extraordinário, junto de Clemente XI. Todas as grandes negociações sobre assuntos eclesiásticos que decorreram no reinado de D. João V passaram pela sua mão.
Em 1732, foi-lhe atribuído o cargo de governador e capitão-geral das Minas Gerais. O 4º conde das Galveias tratou de aumentar a produção de ouro, explorando novas áreas junto ao rio de S. Mateus, de onde obteve ouro, prata e diamantes. Nesta tarefa pôde contar com o superintende das Minas Novas, José Pereira Dutra, natural de S. Paulo.
Foi nomeado vice-rei do Brasil em 1736 e governou até 1749. Durante o seu vice-reinado, a colónia do Sacramento deixou de pertencer, mais uma vez, aos Portugueses. Em 1735-36, os Espanhóis de Buenos Aires acometeram a margem esquerda do rio da Prata, mas apesar da resistência dos colonos portugueses, uma ordem emanada de Lisboa, em Setembro de 1737, depois da convenção de 16 de Março, mandava que se entregasse à Espanha a colónia do Sacramento.
Visto como um homem decidido, após a Câmara Municipal da Baía se opor à execução de uma ordem proveniente de Lisboa, o vice-rei mandou encarcerar a vereação inteira, determinando que estes homens não voltassem a exercer qualquer cargo oficial.
Instituiu em Salvador e em Itaparica corpos de milícias, idênticos aos da Metrópole, no intuito de garantir a paz.
Era comendador de Santiago de Lanhoso e de Santa Marinha de Pena, título que lhe foi concedido em Outubro de 1721. Não casou, mas deixou um filho, Francisco de Melo e Castro que nasceu em Estremoz, em 1702, e foi governador de Mazagão e Moçambique.
Bibliografia:
CAMPO BELO, Conde de, Governadores Gerais e Vice-Reis do Brasil, Lisboa, Agência Geral das Colónias, 1935. Nova história da expansão portuguesa, dir. Joel Serrão e A. H. Oliveira Marques, vol. VII, O império Luso Brasileiro: 1620-1750, coord. de Fréderic Mauro, Lisboa, Estampa, 1991. VARNHAGEN, Francisco Adolfo de, História Geral do Brasil: antes da sua separação e independência de Portugal, São Paulo, Ed. Melhoramentos, 4ªed., 1948. ZÚQUETE, Afonso Eduardo Martins, Nobreza de Portugal e do Brasil, Lisboa, ed. Enciclopédia, 1960-1989.
André de Melo e Castro era filho segundo do 1º conde das Galveias, Dinis de Melo e Castro, e tio do 3º conde, António de Melo e Castro, a quem sucedeu no título. Ainda jovem optou por seguir a vida eclesiástica, doutorando-se na universidade de Coimbra. Chegou a ter a nomeação de deão da capela ducal de Vila Viçosa, mas em 1711, acabou por abandonar esta carreira e D. João V utilizou os seus talentos numa missão diplomática junto do Papa. Entrou nesse ano em Roma e foi, em 1718, revestido da qualidade de embaixador extraordinário, junto de Clemente XI. Todas as grandes negociações sobre assuntos eclesiásticos que decorreram no reinado de D. João V passaram pela sua mão.
Em 1732, foi-lhe atribuído o cargo de governador e capitão-geral das Minas Gerais. O 4º conde das Galveias tratou de aumentar a produção de ouro, explorando novas áreas junto ao rio de S. Mateus, de onde obteve ouro, prata e diamantes. Nesta tarefa pôde contar com o superintende das Minas Novas, José Pereira Dutra, natural de S. Paulo.
Foi nomeado vice-rei do Brasil em 1736 e governou até 1749. Durante o seu vice-reinado, a colónia do Sacramento deixou de pertencer, mais uma vez, aos Portugueses. Em 1735-36, os Espanhóis de Buenos Aires acometeram a margem esquerda do rio da Prata, mas apesar da resistência dos colonos portugueses, uma ordem emanada de Lisboa, em Setembro de 1737, depois da convenção de 16 de Março, mandava que se entregasse à Espanha a colónia do Sacramento.
Visto como um homem decidido, após a Câmara Municipal da Baía se opor à execução de uma ordem proveniente de Lisboa, o vice-rei mandou encarcerar a vereação inteira, determinando que estes homens não voltassem a exercer qualquer cargo oficial.
Instituiu em Salvador e em Itaparica corpos de milícias, idênticos aos da Metrópole, no intuito de garantir a paz.
Era comendador de Santiago de Lanhoso e de Santa Marinha de Pena, título que lhe foi concedido em Outubro de 1721. Não casou, mas deixou um filho, Francisco de Melo e Castro que nasceu em Estremoz, em 1702, e foi governador de Mazagão e Moçambique.
Bibliografia:
CAMPO BELO, Conde de, Governadores Gerais e Vice-Reis do Brasil, Lisboa, Agência Geral das Colónias, 1935. Nova história da expansão portuguesa, dir. Joel Serrão e A. H. Oliveira Marques, vol. VII, O império Luso Brasileiro: 1620-1750, coord. de Fréderic Mauro, Lisboa, Estampa, 1991. VARNHAGEN, Francisco Adolfo de, História Geral do Brasil: antes da sua separação e independência de Portugal, São Paulo, Ed. Melhoramentos, 4ªed., 1948. ZÚQUETE, Afonso Eduardo Martins, Nobreza de Portugal e do Brasil, Lisboa, ed. Enciclopédia, 1960-1989.