Data de publicação
2009
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Embaixador em Londres e Haia.
Filho de D. Gomes de Melo, capitão-mor de Lamego e comendador de S. Pedro da Veiga de Lila e de S. Mamede do Mogadouro, e de D. Marinha de Portugal, filha herdeira de Nuno Cardoso Homem de Vasconcelos, senhor do morgado da Taipa e dos reguengos de Folhadal e Paramos e capitão-mor de Lamego. Primo direito de D. Francisco Manuel de Melo, irmão da condessa de Penalva, dama da Rainha D. Catarina.
Exerceu o cargo de alcaide-mor de Lamego e desempenhou a função de trinchante-mor do príncipe regente D. Pedro. Foi senhor da vila de Silvam e, tal como o seu pai, comendador de S. Pedro da Veiga de Lila, assim como também de S. Martinho de Ranhados, S. Miguel de Linhares e Santa Maria da Torre, todas da Ordem de Cristo, onde foi agraciado com o título de cavaleiro. Acompanhou a infanta D. Catarina, em 1662, na sua viagem ao reino britânico, para ser desposada por Carlos II, tendo ali permanecido como camareiro-mor daquela.
Entre 1663-67 foi enviado como embaixador a Londres, substituindo o marquês de Sande, ausente em França onde negociava o casamento de D. Afonso VI com uma infanta francesa. Na capital britânica, deu continuidade aos negócios correntes, como as dificuldades ocorridas na concessão de Bombaim e a procura de uma aliança com as Províncias Unidas e o Reino Unido. Debruçou-se, de igual modo, sobre o processo de paz com a monarquia hispânica, através da mediação britânica, não obtendo, no entanto, a desejada conciliação.
Deslocou-se de Londres para Haia, em 1667, onde desempenhou o cargo de embaixador durante três anos, num período em que o reino português era ameaçado com o reinício do conflito com as Províncias Unidas. Francisco de Melo tinha a missão de chegar a um entendimento com os Neerlandeses. No cerne do antagonismo estavam as praças de Cochim e Cananor, a falta do pagamento português do estipulado no acordo de 1661 e as queixas dos Neerlandeses do não cumprimento daquele. As negociações, muito difíceis, culminaram no tratado de 30 de Julho de 1669 que pôs fim à longa disputa entre os dois países, mantendo os Neerlandeses as praças da Índia tomadas aos Portugueses, assim como privilégios na exploração do sal de Setúbal.
Em 1671, foi reenviado para Londres como embaixador extraordinário, cargo que desempenhou até à sua morte, a 9 de Agosto de 1678.
Bibliografia:
FARIA, Ana Maria Homem Leal, O Tempo dos Diplomatas - estudo sobre o processo de formação da diplomacia moderna portuguesa e o seu contributo na tomada de decisão política (1640/1 - 1736/50), tese de doutoramento em História Moderna apresentada à Faculdade de Letras da Universidade Nova de Lisboa, Lisboa, 2004. MACHADO, Digo Barbosa, Biblioteca Lusitana, II, Lisboa, pp. 200. PRESTAGE, Edgar, As Relações Diplomáticas de Portugal com a França, Inglaterra e Holanda de 1640 a 1668, Coimbra, Impr. da Universidade, 1928.
Filho de D. Gomes de Melo, capitão-mor de Lamego e comendador de S. Pedro da Veiga de Lila e de S. Mamede do Mogadouro, e de D. Marinha de Portugal, filha herdeira de Nuno Cardoso Homem de Vasconcelos, senhor do morgado da Taipa e dos reguengos de Folhadal e Paramos e capitão-mor de Lamego. Primo direito de D. Francisco Manuel de Melo, irmão da condessa de Penalva, dama da Rainha D. Catarina.
Exerceu o cargo de alcaide-mor de Lamego e desempenhou a função de trinchante-mor do príncipe regente D. Pedro. Foi senhor da vila de Silvam e, tal como o seu pai, comendador de S. Pedro da Veiga de Lila, assim como também de S. Martinho de Ranhados, S. Miguel de Linhares e Santa Maria da Torre, todas da Ordem de Cristo, onde foi agraciado com o título de cavaleiro. Acompanhou a infanta D. Catarina, em 1662, na sua viagem ao reino britânico, para ser desposada por Carlos II, tendo ali permanecido como camareiro-mor daquela.
Entre 1663-67 foi enviado como embaixador a Londres, substituindo o marquês de Sande, ausente em França onde negociava o casamento de D. Afonso VI com uma infanta francesa. Na capital britânica, deu continuidade aos negócios correntes, como as dificuldades ocorridas na concessão de Bombaim e a procura de uma aliança com as Províncias Unidas e o Reino Unido. Debruçou-se, de igual modo, sobre o processo de paz com a monarquia hispânica, através da mediação britânica, não obtendo, no entanto, a desejada conciliação.
Deslocou-se de Londres para Haia, em 1667, onde desempenhou o cargo de embaixador durante três anos, num período em que o reino português era ameaçado com o reinício do conflito com as Províncias Unidas. Francisco de Melo tinha a missão de chegar a um entendimento com os Neerlandeses. No cerne do antagonismo estavam as praças de Cochim e Cananor, a falta do pagamento português do estipulado no acordo de 1661 e as queixas dos Neerlandeses do não cumprimento daquele. As negociações, muito difíceis, culminaram no tratado de 30 de Julho de 1669 que pôs fim à longa disputa entre os dois países, mantendo os Neerlandeses as praças da Índia tomadas aos Portugueses, assim como privilégios na exploração do sal de Setúbal.
Em 1671, foi reenviado para Londres como embaixador extraordinário, cargo que desempenhou até à sua morte, a 9 de Agosto de 1678.
Bibliografia:
FARIA, Ana Maria Homem Leal, O Tempo dos Diplomatas - estudo sobre o processo de formação da diplomacia moderna portuguesa e o seu contributo na tomada de decisão política (1640/1 - 1736/50), tese de doutoramento em História Moderna apresentada à Faculdade de Letras da Universidade Nova de Lisboa, Lisboa, 2004. MACHADO, Digo Barbosa, Biblioteca Lusitana, II, Lisboa, pp. 200. PRESTAGE, Edgar, As Relações Diplomáticas de Portugal com a França, Inglaterra e Holanda de 1640 a 1668, Coimbra, Impr. da Universidade, 1928.