Data de publicação
2009
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3º conde de Penaguião e embaixador em Londres.
Nasceu em Lisboa a 4 de Novembro de 1619. Filho de D. Francisco de Sá e Meneses, 2º conde de Penaguião e camarareiro-mor de D. Filipe III, e de D. Joana de Castro, filha de João Gonçalves de Ataíde, 4º conde da Atouguia.
Casou-se com D. Luísa Maria de Faro, sua prima, filha de D. Luís de Ataíde, 5º conde da Atouguia, e de D. Filipa de Vilhena, camareira da rainha D. Luísa de Gusmão. Da sua descendência, destacam-se D. Francisco de Sá e Meneses (1º marquês de Fontes, 4º conde de Penaguião e camareiro-mor de D. Afonso VI) e D. Miguel de Almeida (senhor do Sardoal e alcaide-mor de Abrantes).
Senhor de Sever, Matosinhos, Paiva e Baltar, ocupou a alcaidaria-mor do Porto e de Santiago de Proença. Foi agraciado com as comendas de S. Pedro de Faro e Santiago do Cacém na Ordem de Santiago e com a de Santiago de Proença na Ordem de Cristo. Desempenhou a função de camareiro-mor de D. João IV e de D. Afonso VI e foi membro do Conselho de Estado e Guerra.
Em Setembro de 1652 foi designado embaixador extraordinário em Londres, cargo que ocupou durante três anos. A sua missão incidiu em chegar a um acordo com o reino britânico e por isso desbloquear o impasse gerado pela anterior embaixada do Dr. João de Guimarães, que tinha alinhavado seis artigos preliminares. Sá e Meneses ajustou-os a 29 de Dezembro de 1652, o que constituiu a base para as negociações para um tratado de paz. As intenções iniciais portuguesas tinham como base o acordo de 1642, contudo, os britânicos fizeram várias exigências em termos comerciais e de direitos dos seus comerciantes em Portugal, o que acabou por ser assentido pelo enviado português. D. João IV, todavia, demonstrou grande relutância no entendimento negociado, tendo proletado em mais de um ano a sua conclusão. Em 1654 foi finalmente celebrado o tratado de Westminster, onde a Coroa portuguesa obteve a paz e amizade britânica, fulcrais para a luta pela independência, concedendo em troca amplos privilégios comerciais e económicos, no que significou o início da supremacia britânica sobre Portugal e a sua afirmação como principal alternativa ao reino francês no quadro da diplomacia da Restauração.
Morreu em 21 de Outubro de 1658 como prisioneiro em Elvas (onde foi sepultado), em consequência da batalha de Badajoz.
Bibliografia:
FARIA, Ana Maria Homem Leal, O Tempo dos Diplomatas - estudo sobre o processo de formação da diplomacia moderna portuguesa e o seu contributo na tomada de decisão política (1640/1 - 1736/50), tese de doutoramento em História Moderna apresentada à Faculdade de Letras da Universidade Nova de Lisboa, Lisboa, 2004. MACHADO, Digo Barbosa, Biblioteca Lusitana, II, Lisboa, pp. 743-744. PRESTAGE, Edgar, As Relações Diplomáticas de Portugal com a França, Inglaterra e Holanda de 1640 a 1668, Coimbra, Impr. da Universidade, 1928. Ministros Portugueses nas cortes estrangeiras no reinado de D. João IV e a sua correspondência, Porto, Tip. da Empresa Literária e Tipográfica, 1915.
Nasceu em Lisboa a 4 de Novembro de 1619. Filho de D. Francisco de Sá e Meneses, 2º conde de Penaguião e camarareiro-mor de D. Filipe III, e de D. Joana de Castro, filha de João Gonçalves de Ataíde, 4º conde da Atouguia.
Casou-se com D. Luísa Maria de Faro, sua prima, filha de D. Luís de Ataíde, 5º conde da Atouguia, e de D. Filipa de Vilhena, camareira da rainha D. Luísa de Gusmão. Da sua descendência, destacam-se D. Francisco de Sá e Meneses (1º marquês de Fontes, 4º conde de Penaguião e camareiro-mor de D. Afonso VI) e D. Miguel de Almeida (senhor do Sardoal e alcaide-mor de Abrantes).
Senhor de Sever, Matosinhos, Paiva e Baltar, ocupou a alcaidaria-mor do Porto e de Santiago de Proença. Foi agraciado com as comendas de S. Pedro de Faro e Santiago do Cacém na Ordem de Santiago e com a de Santiago de Proença na Ordem de Cristo. Desempenhou a função de camareiro-mor de D. João IV e de D. Afonso VI e foi membro do Conselho de Estado e Guerra.
Em Setembro de 1652 foi designado embaixador extraordinário em Londres, cargo que ocupou durante três anos. A sua missão incidiu em chegar a um acordo com o reino britânico e por isso desbloquear o impasse gerado pela anterior embaixada do Dr. João de Guimarães, que tinha alinhavado seis artigos preliminares. Sá e Meneses ajustou-os a 29 de Dezembro de 1652, o que constituiu a base para as negociações para um tratado de paz. As intenções iniciais portuguesas tinham como base o acordo de 1642, contudo, os britânicos fizeram várias exigências em termos comerciais e de direitos dos seus comerciantes em Portugal, o que acabou por ser assentido pelo enviado português. D. João IV, todavia, demonstrou grande relutância no entendimento negociado, tendo proletado em mais de um ano a sua conclusão. Em 1654 foi finalmente celebrado o tratado de Westminster, onde a Coroa portuguesa obteve a paz e amizade britânica, fulcrais para a luta pela independência, concedendo em troca amplos privilégios comerciais e económicos, no que significou o início da supremacia britânica sobre Portugal e a sua afirmação como principal alternativa ao reino francês no quadro da diplomacia da Restauração.
Morreu em 21 de Outubro de 1658 como prisioneiro em Elvas (onde foi sepultado), em consequência da batalha de Badajoz.
Bibliografia:
FARIA, Ana Maria Homem Leal, O Tempo dos Diplomatas - estudo sobre o processo de formação da diplomacia moderna portuguesa e o seu contributo na tomada de decisão política (1640/1 - 1736/50), tese de doutoramento em História Moderna apresentada à Faculdade de Letras da Universidade Nova de Lisboa, Lisboa, 2004. MACHADO, Digo Barbosa, Biblioteca Lusitana, II, Lisboa, pp. 743-744. PRESTAGE, Edgar, As Relações Diplomáticas de Portugal com a França, Inglaterra e Holanda de 1640 a 1668, Coimbra, Impr. da Universidade, 1928. Ministros Portugueses nas cortes estrangeiras no reinado de D. João IV e a sua correspondência, Porto, Tip. da Empresa Literária e Tipográfica, 1915.