Data de publicação
2014
Categorias
Período
Área Geográfica
Filho natural de D. Martim Gonçalves de Ataíde e de mãe desconhecida, nasceu em data incerta. O seu pai fora herdeiro da Casa da Atouguia, mas falecera no cerco de Santa Cruz de Cabo Gué, em 1541, desconhecendo-se os seus primeiros anos de vida. Igualmente sobrinho de D. Luís de Ataíde, 3º conde de Atouguia e vice-rei da Índia (1568-1571; 1578-1581), D. João Gonçalves partiu para a Índia na armada de 1556, na companhia do seu tio D. João de Ataíde. Em 1559, partiu de Goa na companhia de outro tio, D. Vasco de Ataíde, rumo ao Golfo Pérsico. Integrava a armada de socorro enviada pelo vice-rei D. Constantino de Bragança (1558-1561) para socorrer a ilha do Bahrein que fora cercada por forças otomanas. Vendo o capitão nomeado pelo vice-rei, D. Álvaro da Silveira, ser degolado pelos otomanos, D. João Gonçalves de Ataíde decidiu, conjuntamente com Rui Barreto, falecer em combate em memória de Silveira. O seu falecimento reforçou a reputação de bravura no combate ao infiel que a Casa de Atouguia vinha cultivando desde o século anterior.

Bibliografia:
COUTO, Diogo do, Da Ásia, VII, vi, 7, Lisboa, Livraria San Carlos, 1974; GALVÃO-TELLES, João Bernardo, SEIXAS, Miguel Metelo de, “Em redor das armas dos Ataídes: problemática da “família heráldica” das bandas”, separata Armas e Troféus, IX série, Janeiro-Dezembro de 2008, pp. 53-95; VILA-SANTA, Nuno, A Casa de Atouguia, os Últimos Avis e o Império: Dinâmicas entrecruzadas na carreira de D. Luís de Ataíde (1516-1581), dissertação de doutoramento policopiada, Lisboa, FCSH-UNL, 2013.