Data de publicação
2009
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Governador da Índia (1629).
Nascido em data desconhecida, D. Lourenço da Cunha foi o terceiro filho do segundo casamento de seu pai, D. Pedro da Cunha, com D. Maria da Silva. D. Pedro da Cunha era herdeiro do morgado da Tábua, herdado de seu pai, D. Aires da Cunha, capitão-mor de Lisboa, general das galés e armada de Portugal nos reinados de D. João III, D. Sebastião e D. Henrique. D. Maria da Silva, era filha de Rui Pereira da Silva, alcaide-mor de Silves, e de D. Isabel da Silva (filha de D. Fernando Coutinho, bispo de Lamego e do Algarve). Os irmãos de D. Lourenço seguiram rumos diversos, cabendo ao primogénito, D. Luís da Cunha, o serviço no Norte de África, e ao secundogénito, D. Rodrigo da Cunha, o arcebispado de Braga (1627-1636) e de Lisboa (1636-1643). Casado, em data desconhecida, com D. Isabel de Aragão, filha de Fradique Carneiro e de D. Mécia Pais, D. Lourenço da Cunha teve vários filhos, dos quais apenas se destacou o que viria a ser o 17º senhor da Tábua, D. António Álvares da Cunha (1626-1690). Partiu D. Lourenço para a Índia em 1594, tendo lutado contra o corsário malabar Cunhale, na década de 1590, e ainda lutado contra os Neerlandeses, na década de 1610. Foi ainda capitão de Malaca em data incerta, e era capitão de Goa em 1629, aquando da sucessão de D. Frei Luís de Brito e Meneses. Aberta a segunda sucessão, em 1629, aquando da morte de D. Frei Luís de Brito e Meneses e visto na primeira constar o nome do bispo de Cochim, já falecido, surgiu nomeado governador, partilhando o governo com Nuno Álvares Botelho e Gonçalo Pinto da Fonseca, cabendo-lhe a vertante política na tripartição então acordada. Durante os curtos dois meses da sua governação, de Agosto a Outubro de 1629, não é conhecida qualquer decisão da sua lavra até porque se sabe que o Senado e povo de Goa atribuíram poderes excepcionais a Nuno Álvares Botelho. Teria apenas participado, tal como Gonçalo Pinto da Fonseca, na entrega oficial do governo a D. Miguel de Noronha, 4º conde de Linhares, a 21 de Outubro de 1629. Faleceu em 1633.
Bibliografia:
SOUSA, Manuel de Faria e, Ásia Portuguesa, volume VI, tradução de Maria Vitória Garcia Santos Ferreira, vol. VI, 4º Parte, cap. VI-VII, Porto, Livraria Civilização, 1947. ZÚQUETE, Afonso, Tratado de Todos os Vice-Reis e Governadores da Índia, Lisboa, Editorial Enciclopédia, 1962.
Nascido em data desconhecida, D. Lourenço da Cunha foi o terceiro filho do segundo casamento de seu pai, D. Pedro da Cunha, com D. Maria da Silva. D. Pedro da Cunha era herdeiro do morgado da Tábua, herdado de seu pai, D. Aires da Cunha, capitão-mor de Lisboa, general das galés e armada de Portugal nos reinados de D. João III, D. Sebastião e D. Henrique. D. Maria da Silva, era filha de Rui Pereira da Silva, alcaide-mor de Silves, e de D. Isabel da Silva (filha de D. Fernando Coutinho, bispo de Lamego e do Algarve). Os irmãos de D. Lourenço seguiram rumos diversos, cabendo ao primogénito, D. Luís da Cunha, o serviço no Norte de África, e ao secundogénito, D. Rodrigo da Cunha, o arcebispado de Braga (1627-1636) e de Lisboa (1636-1643). Casado, em data desconhecida, com D. Isabel de Aragão, filha de Fradique Carneiro e de D. Mécia Pais, D. Lourenço da Cunha teve vários filhos, dos quais apenas se destacou o que viria a ser o 17º senhor da Tábua, D. António Álvares da Cunha (1626-1690). Partiu D. Lourenço para a Índia em 1594, tendo lutado contra o corsário malabar Cunhale, na década de 1590, e ainda lutado contra os Neerlandeses, na década de 1610. Foi ainda capitão de Malaca em data incerta, e era capitão de Goa em 1629, aquando da sucessão de D. Frei Luís de Brito e Meneses. Aberta a segunda sucessão, em 1629, aquando da morte de D. Frei Luís de Brito e Meneses e visto na primeira constar o nome do bispo de Cochim, já falecido, surgiu nomeado governador, partilhando o governo com Nuno Álvares Botelho e Gonçalo Pinto da Fonseca, cabendo-lhe a vertante política na tripartição então acordada. Durante os curtos dois meses da sua governação, de Agosto a Outubro de 1629, não é conhecida qualquer decisão da sua lavra até porque se sabe que o Senado e povo de Goa atribuíram poderes excepcionais a Nuno Álvares Botelho. Teria apenas participado, tal como Gonçalo Pinto da Fonseca, na entrega oficial do governo a D. Miguel de Noronha, 4º conde de Linhares, a 21 de Outubro de 1629. Faleceu em 1633.
Bibliografia:
SOUSA, Manuel de Faria e, Ásia Portuguesa, volume VI, tradução de Maria Vitória Garcia Santos Ferreira, vol. VI, 4º Parte, cap. VI-VII, Porto, Livraria Civilização, 1947. ZÚQUETE, Afonso, Tratado de Todos os Vice-Reis e Governadores da Índia, Lisboa, Editorial Enciclopédia, 1962.