Data de publicação
2009
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Período
Área Geográfica
Segundo varão nascido do casamento de D. Francisco de Melo, 2º marquês de Ferreira e 2º conde de Tentúgal, com D. Eugénia, filha de D. Jaime, 4º duque de Bragança.

Esteve prevista a sua embarcação na grande armada que foi organizada em 1572, por D. Sebastião, com o objectivo incerto de dar assistência à Santa Liga na luta contra os Turcos Otomanos ou de auxiliar a Coroa francesa contra o partido huguenote. Os sérios estragos causados por uma tempestade, estando os barcos ainda no Tejo, acabaram por inviabilizar o projecto. Dois anos depois, D. Nuno pôde, finalmente, estrear-se numa campanha militar, acompanhando a primeira jornada marroquina de D. Sebastião. Em 1578, voltou com o rei ao mesmo teatro de acção, tendo ficado prisioneiro, junto com o irmão D. Constantino de Bragança e Melo, na sequência da batalha travada em Alcácer Quibir. Ambos foram, posteriormente, resgatados pelo pai, que fora, aliás, uma das personagens que desaconselhara aquela empresa a D. Sebastião.

Quem também perdeu a vida naquela ocasião foi D. Rodrigo de Melo, irmão mais velho de D. Nuno. Assim sendo, este transformou-se em herdeiro da Casa de Tentúgal, vindo a gozar do estatuto de 3º conde, por mercê de D. Filipe I. Foi também sob a égide da Monarquia Dual, que casou com D. Mariana de Castro, filha de D. Rodrigo de Moscoso Osorio, 5º conde de Oropesa. Morreu a 28 de Fevereiro de 1597, ficando sepultado no panteão familiar, instalado na igreja do convento dos Lóios, em Évora.

Bibliografia:
FREIRE, Anselmo Braamcamp, Brasões da Sala de Sintra, vol. I, s.l., Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1996. SOUSA, D. António Caetano de, História Genealógica da Casa Real Portuguesa, tomo X, s.l., QuidNovi/Público & Academia Portuguesa da História, 2007.