Data de publicação
2009
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3º vice-rei do Brasil (1714-1718). Nasceu a 13 de Junho de 1661 e morreu a 16 de Julho de 1731.
D. Pedro António de Noronha foi 1º marquês de Angeja e 2º conde de Vila Verde. Herdou do seu pai, D. António de Noronha, o senhorio de Vila Verde e dos lugares de Lapaduço, Portela do Sol, Rechaldeira. Foi também senhor das vilas de Angeja, Bemposta e Pinheiro, dos lugares de S. Martinho de Salreu, Fermelãs, Fermelainha, Canelas, Pinheiro e Branca, alacaide-mor e comendador de Aljezur na ordem de Santiago, de Santa Maria, em Penamacor, e prestimónio de São Sebastião de Moucos, na ordem de Cristo.
Foi conselheiro do Estado e da Guerra, vedor da Fazenda Real, general de cavalaria, mordomo-mor da princesa do Brasil. Em 1692, foi nomeado vice-rei da Índia. Na Índia teve de enfrentar as desordens que os religiosos provocavam.
Regressado ao Reino, foi general da cavalaria da província do Alentejo, mestre capitão general, e, com este posto, esteve na campanha de 1706 que ocupou Madrid. Em 1710, comandou o exército do Alentejo com o cargo de governador das armas.
Em 1714, D. Pedro António de Noronha ocupou o governo do Brasil como vice-rei e governador-geral de mar e terra com intendência e superioridade em todas as capitanias. Durante o seu governo, os tumultos voltaram a fazer-se sentir na Baía. O pretexto foi a execução de dois criminosos no cadafalso, um deles caiu em terra ainda com vida e a irmandade da Misericórdia dispunha-se a protegê-lo, mas o carrasco acabou de matar o condenado. Este acontecimento tumultuou a cidade, mas o governador não hesitou em usar a força e a normalidade depressa se restabeleceu.
O vice-rei impôs sem contemplações a aplicação do tributo de dez por cento que se vinha a discutir há muito e era causa de muitas sublevações.
Em cumprimento do Tratado de Utreque, que reconhecia aos Portugueses a posse da colónia do Sacramento, o governador enviou para ali, em 1716, Manuel Gomes Barbosa para chefiar aquela povoação.
As Minas Gerais continuavam a fornecer ouro em grandes quantidades e passou a funcionar, por determinação régia, junto de cada mina, uma fundição para que o minério fosse facilmente reduzido a barras.
Regressou do Brasil em 1718, quando terminou o seu mandato de vice-rei.
Em 1676, casou com D. Isabel Maria Antónia de Mendonça, filha de D. Henrique de Sousa Tavares, 1º marquês de Arronches, 2º conde de Miranda, senhor da Casa de Sousa, e de sua mulher D. Mariana de Castro.
Pai de D. António Noronha (1680-1735), 3º conde de Vila Verde e 2º marquês de Angeja.
Bibliografia:
CAMPO BELO, Conde de, Governadores Gerais e Vice-Reis do Brasil, Lisboa, Agência Geral das Colónias, 1935; Nova história da expansão portuguesa, dir. Joel Serrão e A. H. Oliveira Marques, vol. VII, O império Luso Brasileiro: 1620-1750, coord. de Fréderic Mauro, Lisboa, Estampa, 1991; VARNHAGEN, Francisco Adolfo de, História Geral do Brasil: antes da sua separação e independência de Portugal, São Paulo, Ed. Melhoramentos, 4ªed., 1948; ZÚQUETE, Afonso Eduardo Martins, Nobreza de Portugal e do Brasil, Lisboa, ed. Enciclopédia, 1960-1989.
D. Pedro António de Noronha foi 1º marquês de Angeja e 2º conde de Vila Verde. Herdou do seu pai, D. António de Noronha, o senhorio de Vila Verde e dos lugares de Lapaduço, Portela do Sol, Rechaldeira. Foi também senhor das vilas de Angeja, Bemposta e Pinheiro, dos lugares de S. Martinho de Salreu, Fermelãs, Fermelainha, Canelas, Pinheiro e Branca, alacaide-mor e comendador de Aljezur na ordem de Santiago, de Santa Maria, em Penamacor, e prestimónio de São Sebastião de Moucos, na ordem de Cristo.
Foi conselheiro do Estado e da Guerra, vedor da Fazenda Real, general de cavalaria, mordomo-mor da princesa do Brasil. Em 1692, foi nomeado vice-rei da Índia. Na Índia teve de enfrentar as desordens que os religiosos provocavam.
Regressado ao Reino, foi general da cavalaria da província do Alentejo, mestre capitão general, e, com este posto, esteve na campanha de 1706 que ocupou Madrid. Em 1710, comandou o exército do Alentejo com o cargo de governador das armas.
Em 1714, D. Pedro António de Noronha ocupou o governo do Brasil como vice-rei e governador-geral de mar e terra com intendência e superioridade em todas as capitanias. Durante o seu governo, os tumultos voltaram a fazer-se sentir na Baía. O pretexto foi a execução de dois criminosos no cadafalso, um deles caiu em terra ainda com vida e a irmandade da Misericórdia dispunha-se a protegê-lo, mas o carrasco acabou de matar o condenado. Este acontecimento tumultuou a cidade, mas o governador não hesitou em usar a força e a normalidade depressa se restabeleceu.
O vice-rei impôs sem contemplações a aplicação do tributo de dez por cento que se vinha a discutir há muito e era causa de muitas sublevações.
Em cumprimento do Tratado de Utreque, que reconhecia aos Portugueses a posse da colónia do Sacramento, o governador enviou para ali, em 1716, Manuel Gomes Barbosa para chefiar aquela povoação.
As Minas Gerais continuavam a fornecer ouro em grandes quantidades e passou a funcionar, por determinação régia, junto de cada mina, uma fundição para que o minério fosse facilmente reduzido a barras.
Regressou do Brasil em 1718, quando terminou o seu mandato de vice-rei.
Em 1676, casou com D. Isabel Maria Antónia de Mendonça, filha de D. Henrique de Sousa Tavares, 1º marquês de Arronches, 2º conde de Miranda, senhor da Casa de Sousa, e de sua mulher D. Mariana de Castro.
Pai de D. António Noronha (1680-1735), 3º conde de Vila Verde e 2º marquês de Angeja.
Bibliografia:
CAMPO BELO, Conde de, Governadores Gerais e Vice-Reis do Brasil, Lisboa, Agência Geral das Colónias, 1935; Nova história da expansão portuguesa, dir. Joel Serrão e A. H. Oliveira Marques, vol. VII, O império Luso Brasileiro: 1620-1750, coord. de Fréderic Mauro, Lisboa, Estampa, 1991; VARNHAGEN, Francisco Adolfo de, História Geral do Brasil: antes da sua separação e independência de Portugal, São Paulo, Ed. Melhoramentos, 4ªed., 1948; ZÚQUETE, Afonso Eduardo Martins, Nobreza de Portugal e do Brasil, Lisboa, ed. Enciclopédia, 1960-1989.