Data de publicação
2014
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Filho primogénito de D. Afonso de Ataíde, 3º senhor da Casa de Atouguia, e de D. Maria Magalhães, terá nascido ainda na década de 1510. Desconhece-se onde terá iniciado a sua carreira de armas, embora exista referência que se terá verificado cedo. Em 1534, conjuntamente com o seu pai, voluntariou-se junto de D. João III para ir socorrer Safim. Apesar do rei ter dispensado ambos de tal socorro, existe suspeita que D. Martim teria partido sem autorização régia para a praça. Posteriormente regressado à corte, envolveu-se num duelo cortesão com D. Simão da Silveira, do qual saiu derrotado, tendo, nessa sequência, partido para a praça de Santa Cruz de Cabo Gué. A sua partida deverá ser posterior a 1538, data em que, com o seu irmão D. Luís de Ataíde, assistiu ainda ao casamento da sua irmã D. Filipa de Ataíde com D. Diogo de Castro.
Tendo partido não apenas devido à derrota no referido duelo cortesão, mas possivelmente também devido a discordâncias com seu pai referentes à gestão da Casa, D. Martim encontrava-se em Santa Cruz do Cabo Gué quando, em Março de 1541, as forças do Xerife do Sus cercaram a praça. Já depois de perdido o castelo, D. Martim Gonçalves procurou suster a investida inimiga enquanto os últimos sobreviventes retiravam para a vila, acabando por falecer conjuntamente com Garcia de Melo. O seu falecimento veio a ser posteriormente capitalizado pela Casa de Atouguia, confirmando a reputação que os membros da Casa detinham de se baterem valorosamente em defesa da fé cristã contra o infiel.
O até então herdeiro da Casa de Atouguia consorciara-se, aparentemente sem autorização do rei e do seu pai, com D. Catarina da Cunha, filha de D. Henrique de Meneses, que fora governador da Índia entre 1524 e 1526. Tivera até então um filho bastardo: D. João Gonçalves de Ataíde.
Bibliografia:
FIGANIER, Joaquim, História de Santa Cruz do Cabo de Gué (Agadir) 1505-1541, Lisboa, Agência Geral das Colónias, 1955; Santa Cruz do Cabo de Gue D´Agoa de Narba. Estudo e Crónica, edição de Mohammed Nadir, João Marinho Santos e José Manuel Azevedo e Silva, Viseu, Palimage Editores, 2007; GALVÃO-TELLES, João Bernardo, SEIXAS, Miguel Metelo de, “Em redor das armas dos Ataídes: problemática da “família heráldica” das bandas”, separata Armas e Troféus, IX série, Janeiro-Dezembro de 2008, pp. 53-95; VILA-SANTA, Nuno, A Casa de Atouguia, os Últimos Avis e o Império: Dinâmicas entrecruzadas na carreira de D. Luís de Ataíde (1516-1581), dissertação de doutoramento policopiada, Lisboa, FCSH-UNL, 2013.
Tendo partido não apenas devido à derrota no referido duelo cortesão, mas possivelmente também devido a discordâncias com seu pai referentes à gestão da Casa, D. Martim encontrava-se em Santa Cruz do Cabo Gué quando, em Março de 1541, as forças do Xerife do Sus cercaram a praça. Já depois de perdido o castelo, D. Martim Gonçalves procurou suster a investida inimiga enquanto os últimos sobreviventes retiravam para a vila, acabando por falecer conjuntamente com Garcia de Melo. O seu falecimento veio a ser posteriormente capitalizado pela Casa de Atouguia, confirmando a reputação que os membros da Casa detinham de se baterem valorosamente em defesa da fé cristã contra o infiel.
O até então herdeiro da Casa de Atouguia consorciara-se, aparentemente sem autorização do rei e do seu pai, com D. Catarina da Cunha, filha de D. Henrique de Meneses, que fora governador da Índia entre 1524 e 1526. Tivera até então um filho bastardo: D. João Gonçalves de Ataíde.
Bibliografia:
FIGANIER, Joaquim, História de Santa Cruz do Cabo de Gué (Agadir) 1505-1541, Lisboa, Agência Geral das Colónias, 1955; Santa Cruz do Cabo de Gue D´Agoa de Narba. Estudo e Crónica, edição de Mohammed Nadir, João Marinho Santos e José Manuel Azevedo e Silva, Viseu, Palimage Editores, 2007; GALVÃO-TELLES, João Bernardo, SEIXAS, Miguel Metelo de, “Em redor das armas dos Ataídes: problemática da “família heráldica” das bandas”, separata Armas e Troféus, IX série, Janeiro-Dezembro de 2008, pp. 53-95; VILA-SANTA, Nuno, A Casa de Atouguia, os Últimos Avis e o Império: Dinâmicas entrecruzadas na carreira de D. Luís de Ataíde (1516-1581), dissertação de doutoramento policopiada, Lisboa, FCSH-UNL, 2013.