Data de publicação
2014
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Quinto filho de D. Afonso de Ataíde, 3º senhor da Casa de Atouguia, e de D. Maria Magalhães, nasceu em 1525. Desconhece-se o local e data onde terá iniciado as suas experiências bélicas. Possivelmente terá acompanhado o irmão D. Luís de Ataíde, futuro vice-rei da Índia (1568-1571;1578-1581) e futuro 3º conde de Atouguia, quando, em 1543, este foi com o capitão-mor D. João de Castro socorrer Ceuta, ameaçada pela esquadra otomana do capitão Khair-ed-din.
Terá partido para a Ásia, já durante a regência, na menoridade de D. Sebastião, de D. Catarina de Áustria, visto em 1558 encontrar-se, conjuntamente com seu irmão D. Álvaro Gonçalves de Ataíde, como um dos capitães de fusta nomeados pelo governador Francisco Barreto (1555-1558) para o acompanhar na deslocação a Chaul a fim de assinar pazes com o sultanato de Ahmadnagar. Já em Chaul, terá assistido à demissão que aquele governador ordenou de seu irmão D. João de Ataíde da capitania de Ormuz. Encontrou o irmão D. João de Ataíde quando este veio a Goa para se defender, visto ter sido na ocasião nomeado como um dos capitães de galeão com que o governador Barreto tencionava ir ao Achém.
Com a chegada do vice-rei D. Constantino de Bragança (1558-1561) veio a ser indigitado capitão de uma galeota, partindo com o irmão D. João e o vice-rei à conquista de Damão. Ainda antes do vice-rei regressar a Goa, mandatou D. Vasco de Ataíde para ir na armada do capitão-mor D. Álvaro da Silveira socorrer a ilha do Bahrein, cercada por forças otomanas. Fazendo-se acompanhar por seu sobrinho D. João Gonçalves de Ataíde, filho de D. Martim Gonçalves de Ataíde, herdeiro da Casa de Atouguia, que falecera em 1541 no cerco de Santa Cruz do Cabo Gué, D. Vasco participou naqueles combates. Vendo o capitão D. Álvaro da Silveira e seu sobrinho serem mortos pelos otomanos, regressou a Ormuz para auxiliar o capitão da praça, D. Antão de Noronha, a recuperar o Bahrein.
Fruto daqueles serviços, em 1566, o cardeal-infante D. Henrique nomeou-o, conjuntamente com seu irmão D. Álvaro Gonçalves de Ataíde, para a capitania de Malaca na vagante dos providos. No entanto, não existe referência que tenha exercido o cargo ou permanecido posteriormente na Ásia. Regressado ao Reino, já na década de 1570 consorciou-se com D. Luísa Henriques, filha de João Arrais de Mendonça, da qual teve descendência. Ingressando na corte sebástica, por influência do seu irmão D. Luís de Ataíde, como cavaleiro-fidalgo com 3900 reais de moradia, ingressou, em 1577, na Ordem de Santiago, sem que lhe tenha sido atribuída qualquer comenda. Expressamente convocado por D. Sebastião para participar na jornada de Alcácer-Quibir, D. Vasco de Ataíde acabaria por nela participar e falecer no cativeiro, tendo ainda ocasião de redigir testamento em favor da sua esposa.
Bibliografia:
COUTO, Diogo do, Da Ásia, VII, v, 6 e 8, vi, 4, vii, 10, Lisboa, Livraria San Carlos, 1974; VILA-SANTA, Nuno, A Casa de Atouguia, os Últimos Avis e o Império: Dinâmicas entrecruzadas na carreira de D. Luís de Ataíde (1516-1581), Lisboa, FCSH-UNL, 2013.
Terá partido para a Ásia, já durante a regência, na menoridade de D. Sebastião, de D. Catarina de Áustria, visto em 1558 encontrar-se, conjuntamente com seu irmão D. Álvaro Gonçalves de Ataíde, como um dos capitães de fusta nomeados pelo governador Francisco Barreto (1555-1558) para o acompanhar na deslocação a Chaul a fim de assinar pazes com o sultanato de Ahmadnagar. Já em Chaul, terá assistido à demissão que aquele governador ordenou de seu irmão D. João de Ataíde da capitania de Ormuz. Encontrou o irmão D. João de Ataíde quando este veio a Goa para se defender, visto ter sido na ocasião nomeado como um dos capitães de galeão com que o governador Barreto tencionava ir ao Achém.
Com a chegada do vice-rei D. Constantino de Bragança (1558-1561) veio a ser indigitado capitão de uma galeota, partindo com o irmão D. João e o vice-rei à conquista de Damão. Ainda antes do vice-rei regressar a Goa, mandatou D. Vasco de Ataíde para ir na armada do capitão-mor D. Álvaro da Silveira socorrer a ilha do Bahrein, cercada por forças otomanas. Fazendo-se acompanhar por seu sobrinho D. João Gonçalves de Ataíde, filho de D. Martim Gonçalves de Ataíde, herdeiro da Casa de Atouguia, que falecera em 1541 no cerco de Santa Cruz do Cabo Gué, D. Vasco participou naqueles combates. Vendo o capitão D. Álvaro da Silveira e seu sobrinho serem mortos pelos otomanos, regressou a Ormuz para auxiliar o capitão da praça, D. Antão de Noronha, a recuperar o Bahrein.
Fruto daqueles serviços, em 1566, o cardeal-infante D. Henrique nomeou-o, conjuntamente com seu irmão D. Álvaro Gonçalves de Ataíde, para a capitania de Malaca na vagante dos providos. No entanto, não existe referência que tenha exercido o cargo ou permanecido posteriormente na Ásia. Regressado ao Reino, já na década de 1570 consorciou-se com D. Luísa Henriques, filha de João Arrais de Mendonça, da qual teve descendência. Ingressando na corte sebástica, por influência do seu irmão D. Luís de Ataíde, como cavaleiro-fidalgo com 3900 reais de moradia, ingressou, em 1577, na Ordem de Santiago, sem que lhe tenha sido atribuída qualquer comenda. Expressamente convocado por D. Sebastião para participar na jornada de Alcácer-Quibir, D. Vasco de Ataíde acabaria por nela participar e falecer no cativeiro, tendo ainda ocasião de redigir testamento em favor da sua esposa.
Bibliografia:
COUTO, Diogo do, Da Ásia, VII, v, 6 e 8, vi, 4, vii, 10, Lisboa, Livraria San Carlos, 1974; VILA-SANTA, Nuno, A Casa de Atouguia, os Últimos Avis e o Império: Dinâmicas entrecruzadas na carreira de D. Luís de Ataíde (1516-1581), Lisboa, FCSH-UNL, 2013.