Data de publicação
2009
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18º governador-geral do Brasil. Não se conhece ao certo a data de nascimento do conde de Vila Pouca, mas sabe-se que morreu em Julho de 1657.

António Teles de Meneses, era filho de Rui Teles de Meneses, senhor de Unhão, e de sua mulher D. Mariana de Silveira, e irmão do 1º conde de Unhão.

O 1º conde de Vila Pouca serviu como capitão de Diu, como general das armadas de remo e de alto bordo, e entre, 1639 e 1640, foi governador e capitão-geral do Estado da Índia. Foi substituído no governo da Índia pelo seu cunhado, o vice-rei conde de Aveiras. De regresso ao Reino, foi general da armada e membro dos Conselhos de Estado e da Guerra. Em 1647, D. João IV nomeou-o governador e capitão-geral do Brasil, cargo que exerceu até 1649.

Partiu de Lisboa com a missão de desalojar da cidade de Salvador os sitiantes holandeses, chefiados por Sigismundo Van Schoppe, que acabaram por abandonar a capitania para ir socorrer Pernambuco.

A conjugação dos esforços diplomáticos e militares resultou na batalha dos Guararapes, a 19 de Abril de 1648, na qual os Holandeses saíram derrotados. O acontecimento marcou o governo do conde de Vila Pouca.

Foi também durante este governo que foi criada, em Lisboa, a Companhia Geral do Comércio do Brasil em moldes semelhantes aos da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais. A 4 de Novembro, de 1649, a primeira armada desta Companhia saiu de Lisboa sob as ordens do 2º conde de Castelo Melhor.

Depois de governar o Brasil, prestou socorro a Angola, onde esteve como governador até 1652.

Casou duas vezes. A primeira com D. Maria de Castelo Branco, filha herdeira de D. Jorge de Castelo Branco, capitão de Ormuz, e de D. Maria de Mendonça, de quem não teve filhos. O segundo matrimónio foi com D. Helena de Castro, sua prima, filha de Álvaro da Silveira, cavaleiro da Ordem de Cristo, e de D. Ana de Castro, de quem também não teve descendência. Deixou um filho legitimado, Aires Teles de Meneses.

De regresso ao Reino, António Teles de Meneses, foi nomeado alferes-mor de D. João IV e, novamente, vice-rei da Índia, funções que não chegou a exercer pois foi surpreendido pela morte quando viajava para a Índia para tomar posse do novo cargo.

Bibliografia:
CAMPO BELO, Conde de, Governadores Gerais e Vice-Reis do Brasil, Lisboa, Agência Geral das Colónias, 1935; Nova história da expansão portuguesa, dir. Joel Serrão e A. H. Oliveira Marques, vol. VII, O império Luso Brasileiro: 1620-1750, coord. de Fréderic Mauro, Lisboa, Estampa, 1991; VARNHAGEN, Francisco Adolfo de, História Geral do Brasil: antes da sua separação e independência de Portugal, São Paulo, Ed. Melhoramentos, 4ªed., 1948; ZÚQUETE, Afonso Eduardo Martins, Nobreza de Portugal e do Brasil, Lisboa, ed. Enciclopédia, 1960-1989.