Data de publicação
2009
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Mercador estabelecido em Macau na primeira metade do século XVII, encontra-se referido na «Lista de La gente Efetiua que Ay Em esta Ciudade Assy Visinos Como Estrauagantes forasteros E gente De la tierra» de 1625, como sendo residente na freguesia de S. Lourenço. Casado com Isabel Roza, natural de Pedrógão o Grande, era filho de Manuel Nunes de Oliveira e de Ana Pires. Fez parte da elite da riqueza e do poder com acesso ao Senado que se opôs à Companhia de Jesus aquando da «contenda da Ilha Verde» em 1621, tendo sido também neste ano, a favor da oficialização da viagem de Manila. Integrando o círculo dos Capitães-Mor e Feitores da viagem do Japão, foi em 1626 Embaixador da cidade neste mesmo país. Pai de quatro Clarissas, Coleta de Vera Cruz, Maria de Jesus, Gracia de S. João Baptista e Ana da Trindade, pertenceu à elite do poder, riqueza e saber das décadas de 30 e 40 de Seiscentos. Tendo feito parte do núcleo de Eleitos e Adjuntos nos referidos anos, foi Vereador em 1637.
Peter Mundy faz-lhe referência no seu Travels. Participou no debate ocorrido entre 1631 e 1637 sobre o novo tipo de eleição do feitor da viagem do Japão imposto pelo Vice-Rei Conde de Linhares, segundo proposta do Desembargador Sebastião Soares Pais. Em 1642 no conflito ocorrido entre o Governador do Bispado frei Bento de Cristo, e os Comissários do Santo Ofício de filiação jesuíta, padres Gaspar Luís e Gaspar do Amaral, assinou juntamente com o Capitão Geral D. Sebastião Lobo da Silveira as «Capitulações da Concórdia». Encontra-se entre os signatários do Termo de 31 de Maio aquando da aclamação de D. João IV em 1642. Participou na reunião camarária em que numa perspectiva autonómica face ao Estado da Índia, foram eleitos «Adjuntos Procuradores do povo» em 1643, bem como no debate que entre 1645 e 1646 teve lugar na cidade a propósito do envio de uma Embaixada ao Japão. Nos anos quarenta de Seiscentos contava com uma estadia de cerca de vinte e seis anos.
Bibliografia:
ALVES, Jorge Manuel dos Santos, Estudos de História do Relacionamento Luso-Chinês (Séculos XVI-XVIII), Macau, Instituto Português do Oriente, 1996, The Travels of Peter Mundy in Europe and Asia (1608-1667), Londres, Hakluyt Society, 1907-1936, vol. III, parte II e Earl H. Pritchard - Anglo - Chinese Relations During the Seventeenth and Eighteenth Centuries, N. Iorque, Octagon Books, 1970, pp. 54 e seg. BOXER, Charles, Macau na Época da Restauração, Lisboa, Fundação Oriente, Vol. II, 1993. PENALVA, Elsa, A Companhia de Jesus em Macau (1615-1626), Universidade de Lisboa (dissertação de mestrado policopiada), 2000. IDEM, Lutas pelo Poder em Macau (c.1590-c.1660), Universidade de Lisboa (tese de doutoramento policopiada), 2005. IDEM, «Mulheres em Macau 1633-1644», Actas do Colóquio Internacional Macau no Período Ming, Centro Científico e Cultural de Macau I.P, 2007, (no prelo). IDEM, «Elites Mercantis de Macau em 1642», Edição conjunta do bulletim of Portuguese/Japanese studies, Centro de História de Além-Mar da Universidade Nova de Lisboa, 2008 (no prelo).
Peter Mundy faz-lhe referência no seu Travels. Participou no debate ocorrido entre 1631 e 1637 sobre o novo tipo de eleição do feitor da viagem do Japão imposto pelo Vice-Rei Conde de Linhares, segundo proposta do Desembargador Sebastião Soares Pais. Em 1642 no conflito ocorrido entre o Governador do Bispado frei Bento de Cristo, e os Comissários do Santo Ofício de filiação jesuíta, padres Gaspar Luís e Gaspar do Amaral, assinou juntamente com o Capitão Geral D. Sebastião Lobo da Silveira as «Capitulações da Concórdia». Encontra-se entre os signatários do Termo de 31 de Maio aquando da aclamação de D. João IV em 1642. Participou na reunião camarária em que numa perspectiva autonómica face ao Estado da Índia, foram eleitos «Adjuntos Procuradores do povo» em 1643, bem como no debate que entre 1645 e 1646 teve lugar na cidade a propósito do envio de uma Embaixada ao Japão. Nos anos quarenta de Seiscentos contava com uma estadia de cerca de vinte e seis anos.
Bibliografia:
ALVES, Jorge Manuel dos Santos, Estudos de História do Relacionamento Luso-Chinês (Séculos XVI-XVIII), Macau, Instituto Português do Oriente, 1996, The Travels of Peter Mundy in Europe and Asia (1608-1667), Londres, Hakluyt Society, 1907-1936, vol. III, parte II e Earl H. Pritchard - Anglo - Chinese Relations During the Seventeenth and Eighteenth Centuries, N. Iorque, Octagon Books, 1970, pp. 54 e seg. BOXER, Charles, Macau na Época da Restauração, Lisboa, Fundação Oriente, Vol. II, 1993. PENALVA, Elsa, A Companhia de Jesus em Macau (1615-1626), Universidade de Lisboa (dissertação de mestrado policopiada), 2000. IDEM, Lutas pelo Poder em Macau (c.1590-c.1660), Universidade de Lisboa (tese de doutoramento policopiada), 2005. IDEM, «Mulheres em Macau 1633-1644», Actas do Colóquio Internacional Macau no Período Ming, Centro Científico e Cultural de Macau I.P, 2007, (no prelo). IDEM, «Elites Mercantis de Macau em 1642», Edição conjunta do bulletim of Portuguese/Japanese studies, Centro de História de Além-Mar da Universidade Nova de Lisboa, 2008 (no prelo).