Data de publicação
2009
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Bispo da Baía, governador interino do Brasil.
O bispo da Baía, D. Marcos Teixeira, governou interinamente o Brasil em 1624 juntamente com o auditor geral António Mesquita de Oliveira.
Em 1624, a cidade de Salvador foi conquistada pelos holandeses. Assim que o governador foi preso pelos inimigos, os colonos que tinham abandonado a cidade abriram as vias de sucessão que determinavam que Matias de Albuquerque, capitão-mor de Pernambuco, recebesse o governo da colónia. Assentou-se que, enquanto este não ocupasse o lugar, todos deveriam obedecer ao desembargador António Mesquita de Oliveira. Não conformado com esta decisão, D. Marcos Teixeira fez com que os moradores depusessem o desembargador e o elegessem por capitão-mor.
Durante o governo de Diogo de Mendonça Furtado, o bispo que já tinha estado em disputa com este governador, dificultou-lhe a tarefa em arregimentar novas tropas e em impôr uma nova contribuição para a defesa da Baía. Tinham conflitos de jurisdição e disputavam a precedência.
O bispo propôs à Coroa que se criassem algumas funções do Santo Ofício e fez-se nomear inquisidor comissionado no Brasil.
Perante o que os moradores julgavam que era mais um acto de pirataria, rapidamente verificaram que os holandeses estavam ali uma instalação efectiva. Foi o bispo que chefiou a resistência contra os invasores e rapidamente organizou uma força para um ataque sério à cidade de Salvador. Também no Reino, a repercussão do ataque holandês à sede do governo português no Brasil, fez com que rapidamente se enviassem duas armadas em socorro da colónia, uma sob o comando do general D. Manuel de Meneses e do Almirante D. Francisco de Almeida, e uma outra que saiu de Cádis, confiada a D. Fradique Toledo, comandante geral.
As tropas de D. Marcos aliadas às duas frotas, travaram uma batalha naval, acabando por vencer a armada do comandante Willekens. Os Holandeses bateram em retirada e a Baía voltou a ser ocupada pelos portugueses.
O bispo D. Marcos não presenciou o desfecho desta luta porque faleceu antes dela terminar, a 8 de Outubro de 1624. O governo da Baía voltou a ficar sem chefe e o general Matias de Albuquerque designou o seu lugar-tenente, Francisco Nunes Marinho, que durante dois meses ocupou o lugar vago.
Bibliografia:
CAMPO BELO, Conde de, Governadores Gerais e Vice-Reis do Brasil, Lisboa, Agência Geral das Colónias, 1935; Nova história da expansão portuguesa, dir. Joel Serrão e A. H. Oliveira Marques, vol. VII, O império Luso Brasileiro: 1620-1750, coord. de Fréderic Mauro, Lisboa, Estampa, 1991; VARNHAGEN, Francisco Adolfo de, História Geral do Brasil: antes da sua separação e independência de Portugal, São Paulo, Ed. Melhoramentos, 4ªed., 1948.
O bispo da Baía, D. Marcos Teixeira, governou interinamente o Brasil em 1624 juntamente com o auditor geral António Mesquita de Oliveira.
Em 1624, a cidade de Salvador foi conquistada pelos holandeses. Assim que o governador foi preso pelos inimigos, os colonos que tinham abandonado a cidade abriram as vias de sucessão que determinavam que Matias de Albuquerque, capitão-mor de Pernambuco, recebesse o governo da colónia. Assentou-se que, enquanto este não ocupasse o lugar, todos deveriam obedecer ao desembargador António Mesquita de Oliveira. Não conformado com esta decisão, D. Marcos Teixeira fez com que os moradores depusessem o desembargador e o elegessem por capitão-mor.
Durante o governo de Diogo de Mendonça Furtado, o bispo que já tinha estado em disputa com este governador, dificultou-lhe a tarefa em arregimentar novas tropas e em impôr uma nova contribuição para a defesa da Baía. Tinham conflitos de jurisdição e disputavam a precedência.
O bispo propôs à Coroa que se criassem algumas funções do Santo Ofício e fez-se nomear inquisidor comissionado no Brasil.
Perante o que os moradores julgavam que era mais um acto de pirataria, rapidamente verificaram que os holandeses estavam ali uma instalação efectiva. Foi o bispo que chefiou a resistência contra os invasores e rapidamente organizou uma força para um ataque sério à cidade de Salvador. Também no Reino, a repercussão do ataque holandês à sede do governo português no Brasil, fez com que rapidamente se enviassem duas armadas em socorro da colónia, uma sob o comando do general D. Manuel de Meneses e do Almirante D. Francisco de Almeida, e uma outra que saiu de Cádis, confiada a D. Fradique Toledo, comandante geral.
As tropas de D. Marcos aliadas às duas frotas, travaram uma batalha naval, acabando por vencer a armada do comandante Willekens. Os Holandeses bateram em retirada e a Baía voltou a ser ocupada pelos portugueses.
O bispo D. Marcos não presenciou o desfecho desta luta porque faleceu antes dela terminar, a 8 de Outubro de 1624. O governo da Baía voltou a ficar sem chefe e o general Matias de Albuquerque designou o seu lugar-tenente, Francisco Nunes Marinho, que durante dois meses ocupou o lugar vago.
Bibliografia:
CAMPO BELO, Conde de, Governadores Gerais e Vice-Reis do Brasil, Lisboa, Agência Geral das Colónias, 1935; Nova história da expansão portuguesa, dir. Joel Serrão e A. H. Oliveira Marques, vol. VII, O império Luso Brasileiro: 1620-1750, coord. de Fréderic Mauro, Lisboa, Estampa, 1991; VARNHAGEN, Francisco Adolfo de, História Geral do Brasil: antes da sua separação e independência de Portugal, São Paulo, Ed. Melhoramentos, 4ªed., 1948.