Data de publicação
2009
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Embaixador em Londres e Paris e Haia.
Francisco Rebelo, fidalgo da Casa Real e casado com D. Joana Baptista, foi embaixador por várias vezes nas principais casas europeias. Para além deste cargo, desempenhou outros de nomeada, como o de conselheiro do Ultramar (nomeado em finais de 1666), escrivão do Conselho da Fazenda e familiar do Santo Ofício. O seu desempenho granjeou-lhe a mercê de cavaleiro da Ordem de Cristo, assim como a comenda da mesma Ordem em 1668.
Foi, no entanto, a sua actuação como diplomata que marcou o seu percurso profissional. Foi enviado a Londres entre 1655-57 e a Paris entre 1661-63. Nesse ano retornou à capital britânica como enviado extraordinário. Os objectivos da sua missão passaram por tentar juntar a armada britânica à portuguesa em acções ofensivas contra a monarquia hispânica e pedir junto de Carlos II que mantivesse o pagamento dos seus soldados. As suas pretensões foram recusadas o que o levou a recorrer ao apoio de Mazarino, que acedeu a enviar quatro mil infantes para o reino e uma subvenção especial em dinheiro. Em Setembro do mesmo ano de 1663, foi enviado como embaixador a Haia com instruções para pedir auxílio militar e financeiro, assim como uma prorrogação de dois a três anos no pagamento dos compromissos assumidos aquando do tratado de 1661. As instruções de Francisco Rebelo estendiam-se ao pedido de restituição da praça de Cochim, tomada indevidamente pelos Neerlandeses, numa altura em que estes adiavam propositadamente a ratificação dos acordos entretanto celebrados com o reino português. Os objectivos da sua missão não foram alcançados, regressando ao reino dois meses depois.
No ano seguinte regressou ao Reino Unido como enviado extraordinário, onde permaneceu até 1665. Levou consigo uma cópia das novas ordens enviadas para Goa relativamente à entrega de Bombaim, praça que procurou posteriormente readquirir. Voltou a pedir a Carlos II ajuda no pagamento das tropas inglesas, assim como a prorrogação do prazo no pagamento do dote da infanta D. Catarina. Procurou também a intermediação do monarca britânico junto dos Neerlandeses para estes restituírem as praças de Cochim e Cananor.
Bibliografia:
ALMEIDA, Manuel Lopes de, Correspondência Diplomática de Francisco Ferreira Rebelo, 1655-1657, Coimbra, Arquivo da Universidade,1982. FARIA, Ana Maria Homem Leal, O Tempo dos Diplomatas - estudo sobre o processo de formação da diplomacia moderna portuguesa e o seu contributo na tomada de decisão política (1640/1 - 1736/50), tese de doutoramento em História Moderna apresentada à Faculdade de Letras da Universidade Nova de Lisboa, Lisboa, 2004. PRESTAGE, Edgar, As Relações Diplomáticas de Portugal com a França, Inglaterra e Holanda de 1640 a 1668, Coimbra, Impr. da Universidade, 1928. Ministros Portugueses nas cortes estrangeiras no reinado de D. João IV e a sua correspondência, Porto, Tip. da Empresa Literária e Tipográfica, 1915.
Francisco Rebelo, fidalgo da Casa Real e casado com D. Joana Baptista, foi embaixador por várias vezes nas principais casas europeias. Para além deste cargo, desempenhou outros de nomeada, como o de conselheiro do Ultramar (nomeado em finais de 1666), escrivão do Conselho da Fazenda e familiar do Santo Ofício. O seu desempenho granjeou-lhe a mercê de cavaleiro da Ordem de Cristo, assim como a comenda da mesma Ordem em 1668.
Foi, no entanto, a sua actuação como diplomata que marcou o seu percurso profissional. Foi enviado a Londres entre 1655-57 e a Paris entre 1661-63. Nesse ano retornou à capital britânica como enviado extraordinário. Os objectivos da sua missão passaram por tentar juntar a armada britânica à portuguesa em acções ofensivas contra a monarquia hispânica e pedir junto de Carlos II que mantivesse o pagamento dos seus soldados. As suas pretensões foram recusadas o que o levou a recorrer ao apoio de Mazarino, que acedeu a enviar quatro mil infantes para o reino e uma subvenção especial em dinheiro. Em Setembro do mesmo ano de 1663, foi enviado como embaixador a Haia com instruções para pedir auxílio militar e financeiro, assim como uma prorrogação de dois a três anos no pagamento dos compromissos assumidos aquando do tratado de 1661. As instruções de Francisco Rebelo estendiam-se ao pedido de restituição da praça de Cochim, tomada indevidamente pelos Neerlandeses, numa altura em que estes adiavam propositadamente a ratificação dos acordos entretanto celebrados com o reino português. Os objectivos da sua missão não foram alcançados, regressando ao reino dois meses depois.
No ano seguinte regressou ao Reino Unido como enviado extraordinário, onde permaneceu até 1665. Levou consigo uma cópia das novas ordens enviadas para Goa relativamente à entrega de Bombaim, praça que procurou posteriormente readquirir. Voltou a pedir a Carlos II ajuda no pagamento das tropas inglesas, assim como a prorrogação do prazo no pagamento do dote da infanta D. Catarina. Procurou também a intermediação do monarca britânico junto dos Neerlandeses para estes restituírem as praças de Cochim e Cananor.
Bibliografia:
ALMEIDA, Manuel Lopes de, Correspondência Diplomática de Francisco Ferreira Rebelo, 1655-1657, Coimbra, Arquivo da Universidade,1982. FARIA, Ana Maria Homem Leal, O Tempo dos Diplomatas - estudo sobre o processo de formação da diplomacia moderna portuguesa e o seu contributo na tomada de decisão política (1640/1 - 1736/50), tese de doutoramento em História Moderna apresentada à Faculdade de Letras da Universidade Nova de Lisboa, Lisboa, 2004. PRESTAGE, Edgar, As Relações Diplomáticas de Portugal com a França, Inglaterra e Holanda de 1640 a 1668, Coimbra, Impr. da Universidade, 1928. Ministros Portugueses nas cortes estrangeiras no reinado de D. João IV e a sua correspondência, Porto, Tip. da Empresa Literária e Tipográfica, 1915.