Data de publicação
2009
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D. João nasceu a 13 de Janeiro de 1400, em Santarém, e faleceu a 18 de Outubro de 1442, em Alcácer do Sal. Foi o 5º filho varão de D. João I e de D. Filipa de Lencastre. Este infante não acompanhou seu pai e irmãos mais velhos na jornada de Ceuta, em 1415, mas em 1419 integrou a armada que saiu de Portugal, sob o comando do infante D. Henrique, para socorrer Ceuta do segundo grande assalto das forças muçulmanas. Quando a esquadra chegou junto à cidade, os atacantes estavam a ser rechaçados pelos homens de D. Pedro de Meneses e os reforços portugueses já não participaram no combate, embora o seu aparecimento tenha sido decisivo para a retirada dos mouros. No ano anterior, D. João fora nomeado governador da Ordem de Santiago. Casou em 1424 com sua sobrinha D. Isabel, filha do conde de Barcelos e neta de D. Nuno Álvares Pereira. Esta ligação valeu-lhe a nomeação de condestável do reino, em 1431, após o falecimento de Nun'Álvares. Quando a família real voltou a discutir a possibilidade de reatar a guerra com os mouros, em 1432-1433, D. João emitiu um parecer em que, oscilando entre o siso e a cavalaria, se mostrava hesitante; ainda assim estava ciente de que nova expedição contra os mouros seria de difícil execução, dados os seus custos avultados, que iriam sobrecarregar o povo, e as dificuldades logísticas que lhe estariam associadas; no entanto, em caso de se optar pela realização de uma expedição, parecia-lhe preferível atacar o reino de Fez. O infante manifestava ainda muitas dúvidas quanto à legitimidade de um ataque em nome da guerra santa e defendia a necessidade de Portugal se manter neutral face aos conflitos que assolavam constantemente a Cristandade. Assim, o parecer de D. João ilustra bem a situação de impasse que se vivia em Portugal nas vésperas do início dos Descobrimentos.
Apesar de ter o cargo de Condestável, D. João não integrou a expedição de 1437, comandada pelo infante D. Henrique contra Tânger. Coube-lhe contudo permanecer no Algarve com forças de reforço prestes para uma eventualidade. Quando chegaram ao reino as notícias das dificuldades por que passavam seus irmãos defronte da praça africana, D. João organizou uma esquadra de socorro, mas o tempo desfavorável provocou um grande atraso na sua partida. Quando zarpou para Marrocos era demasiado tarde e quando os navios de D. João chegaram às imediações de Arzila, já D. Fernando estava aí preso como refém, e os restos do exército português haviam-se retirado sem glória. D. João regressou de seguida ao Algarve. Depois, este infante tomou parte activa na oposição à regência de D. Leonor, tendo apoiado a nomeação de D. Pedro como regente do reino. Faleceu, pouco depois. Sucedeu-lhe no governo da Ordem de Santiago e no cargo de condestável seu filho D. Diogo, que também faleceu passados poucos meses.
Apesar de ter o cargo de Condestável, D. João não integrou a expedição de 1437, comandada pelo infante D. Henrique contra Tânger. Coube-lhe contudo permanecer no Algarve com forças de reforço prestes para uma eventualidade. Quando chegaram ao reino as notícias das dificuldades por que passavam seus irmãos defronte da praça africana, D. João organizou uma esquadra de socorro, mas o tempo desfavorável provocou um grande atraso na sua partida. Quando zarpou para Marrocos era demasiado tarde e quando os navios de D. João chegaram às imediações de Arzila, já D. Fernando estava aí preso como refém, e os restos do exército português haviam-se retirado sem glória. D. João regressou de seguida ao Algarve. Depois, este infante tomou parte activa na oposição à regência de D. Leonor, tendo apoiado a nomeação de D. Pedro como regente do reino. Faleceu, pouco depois. Sucedeu-lhe no governo da Ordem de Santiago e no cargo de condestável seu filho D. Diogo, que também faleceu passados poucos meses.