Data de publicação
2009
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Vasco de Ataíde, juntamente com seu irmão Pedro de Ataíde, foi um dos capitães que fez parte da armada de Pedro Alvares Cabral, enviada à Índia e que descobriu o Brasil, em 1500.
Da sua vida antes do embarque nada se conhece para além da sua pertença à família dos Ataídes, cujas origens remontam a Egas Moniz, aio de D.Afonso Henriques, e que adquiriram maior influência e poder com a ascensão da dinastia de Avis.
O biografado estava marcado por uma dupla bastardia, visto ser filho do abade Penalva, D. Pedro de Ataíde, cujo nascimento também ficava marcado pela ilegitimidade. Neste contexto, Vasco de Ataíde é um exemplo dos vários filhos bastardos ou segundos que procuravam melhorar a sua situação social e económica através da participação na expansão portuguesa. De resto, saliente-se que era parente de alguns membros da grande nobreza, como por exemplo de D. Fernando Coutinho e do seu neto Jerónimo, 3.º e 4.º marechais do Reino, respectivamente, e de Afonso de Albuquerque, governador da Índia.
Tendo sido escolhido como um dos capitães da armada de Pedro Alvares Cabral, Vasco de Ataíde nunca chegou à Índia devido ao seu desaparecimento, ocorrido ainda no Atlântico. As fontes não são consensuais no que diz respeito ao seu desaparecimento. Alguns cronistas, como João de Barros e Fernão Lopes de Castanheda, afirmam que a nau sob o seu comando desapareceu durante uma tempestade na viagem entre a recém descoberta Terra de Vera Cruz e o Cabo da Boa Esperança. Por outro lado, Pêro Vaz de Caminha, na sua carta ao rei D.Manuel I, explicita que a perda da nau de Vasco de Ataíde se deu aquando da passagem da armada por Cabo Verde e que não havia quaisquer sinais de mau tempo, sendo a hipótese apresentada pelo escrivão a mais verosímil, enquanto espectador próximo dos acontecimentos. Não existe também consenso quanto ao destino final da nau, algumas fontes afirmam que regressou a Portugal, mas não existem provas que tal tenha ocorrido e todos os balanços de perdas da armada apresentados pelos cronistas incluem a nau de Vasco de Ataíde.
Bibliografia:
Teixeira, André Pinto S. D., "Pedro e Vasco de Ataíde", in Descobridores do Brasil. Exploradores do Atlântico e Construtores do Estado da Índia, Costa, João Paulo Oliveira e (coord.), Sociedade Histórica da Independência de Portugal, Lisboa, 2000.
Da sua vida antes do embarque nada se conhece para além da sua pertença à família dos Ataídes, cujas origens remontam a Egas Moniz, aio de D.Afonso Henriques, e que adquiriram maior influência e poder com a ascensão da dinastia de Avis.
O biografado estava marcado por uma dupla bastardia, visto ser filho do abade Penalva, D. Pedro de Ataíde, cujo nascimento também ficava marcado pela ilegitimidade. Neste contexto, Vasco de Ataíde é um exemplo dos vários filhos bastardos ou segundos que procuravam melhorar a sua situação social e económica através da participação na expansão portuguesa. De resto, saliente-se que era parente de alguns membros da grande nobreza, como por exemplo de D. Fernando Coutinho e do seu neto Jerónimo, 3.º e 4.º marechais do Reino, respectivamente, e de Afonso de Albuquerque, governador da Índia.
Tendo sido escolhido como um dos capitães da armada de Pedro Alvares Cabral, Vasco de Ataíde nunca chegou à Índia devido ao seu desaparecimento, ocorrido ainda no Atlântico. As fontes não são consensuais no que diz respeito ao seu desaparecimento. Alguns cronistas, como João de Barros e Fernão Lopes de Castanheda, afirmam que a nau sob o seu comando desapareceu durante uma tempestade na viagem entre a recém descoberta Terra de Vera Cruz e o Cabo da Boa Esperança. Por outro lado, Pêro Vaz de Caminha, na sua carta ao rei D.Manuel I, explicita que a perda da nau de Vasco de Ataíde se deu aquando da passagem da armada por Cabo Verde e que não havia quaisquer sinais de mau tempo, sendo a hipótese apresentada pelo escrivão a mais verosímil, enquanto espectador próximo dos acontecimentos. Não existe também consenso quanto ao destino final da nau, algumas fontes afirmam que regressou a Portugal, mas não existem provas que tal tenha ocorrido e todos os balanços de perdas da armada apresentados pelos cronistas incluem a nau de Vasco de Ataíde.
Bibliografia:
Teixeira, André Pinto S. D., "Pedro e Vasco de Ataíde", in Descobridores do Brasil. Exploradores do Atlântico e Construtores do Estado da Índia, Costa, João Paulo Oliveira e (coord.), Sociedade Histórica da Independência de Portugal, Lisboa, 2000.