Data de publicação
2009
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4º vice-rei do Brasil. Nasceu em 1673 e morreu em 1743.
Vasco Fernandes César de Meneses era filho de Luís César de Meneses, alferes-mor do Reino, governador do Rio de Janeiro, capitão-geral de Angola e do Brasil, comendador de São João do Rio Frio e de São Pedro de Lomar, na Ordem de Cristo, e de sua mulher D. Mariana de Lancastre.
O 1º conde de Sabugosa herdou as comendas do pai e foi mestre de campo dos terços de Peniche e da Armada, capitão de mar-e-guerra, sargento-mor da batalha, em 1704, e alferes-mor na coroação de D. João V.
Em 1712, foi nomeado vice-rei da Índia, vindo a dar um novo fôlego a esta colónia. Mobilizou-se contra os potentados indianos que se insurgiam os Portugueses, bem como mandou perseguir alguns dos piratas e árabes que molestavam o comércio. Enfrentou também alguns problemas no campo da administração eclesiástica. Regressou ao Reino, em 1717 e, três anos depois, foi nomeado vice-rei do Brasil, onde esteve até 1735.
A sua administração na América do Sul deparou-se com sérias dificuldades devido a calamidades como secas, inundações e até mesmo um ciclone que caiu sobre a Baía, causando alguma devastação.
Muitos navios mercantes foram capturados por corsários holandeses, causando prejuízos consideráveis ao comércio, e, em muitos locais, diferentes tribos de índios continuaram perturbar as povoações de colonos que lhes ficavam mais próximas.
Para tentar minimizar os efeitos destas adversidades, o governador tentou aumentar os rendimentos da colónia pelo que apoiou a agricultura, criou novas vilas e puniu os índios inimigos. Visitou o Recôncavo e a antiga capitania dos Ilhéus, reparou e modernizou a alfândega, terminou as fortificações de Ajudá e, sufocou, prontamente, um movimento insurreccional da guarnição de Salvador.
Ocupou-se ainda das letras, patrocinando o desenvolvimento intelectual da colónia e criando na Baía a "Academia dos esquecidos", à qual estavam vinculados os mais notáveis intelectuais brasileiros da época.
Fundou ainda, em 1733, o convento da Conceição da Lapa para as religiosas franciscanas.
Casou em 1696 com D. Juliana Lencastre.
Bibliografia:
CAMPO BELO, Conde de, Governadores Gerais e Vice-Reis do Brasil, Lisboa, Agência Geral das Colónias, 1935; Nova história da expansão portuguesa, dir. Joel Serrão e A. H. Oliveira Marques, vol. VII, O império Luso Brasileiro: 1620-1750, coord. de Fréderic Mauro, Lisboa, Estampa, 1991; VARNHAGEN, Francisco Adolfo de, História Geral do Brasil: antes da sua separação e independência de Portugal, São Paulo, Ed. Melhoramentos, 4ªed., 1948; ZÚQUETE, Afonso Eduardo Martins, Nobreza de Portugal e do Brasil, Lisboa, ed. Enciclopédia, 1960-1989.
Vasco Fernandes César de Meneses era filho de Luís César de Meneses, alferes-mor do Reino, governador do Rio de Janeiro, capitão-geral de Angola e do Brasil, comendador de São João do Rio Frio e de São Pedro de Lomar, na Ordem de Cristo, e de sua mulher D. Mariana de Lancastre.
O 1º conde de Sabugosa herdou as comendas do pai e foi mestre de campo dos terços de Peniche e da Armada, capitão de mar-e-guerra, sargento-mor da batalha, em 1704, e alferes-mor na coroação de D. João V.
Em 1712, foi nomeado vice-rei da Índia, vindo a dar um novo fôlego a esta colónia. Mobilizou-se contra os potentados indianos que se insurgiam os Portugueses, bem como mandou perseguir alguns dos piratas e árabes que molestavam o comércio. Enfrentou também alguns problemas no campo da administração eclesiástica. Regressou ao Reino, em 1717 e, três anos depois, foi nomeado vice-rei do Brasil, onde esteve até 1735.
A sua administração na América do Sul deparou-se com sérias dificuldades devido a calamidades como secas, inundações e até mesmo um ciclone que caiu sobre a Baía, causando alguma devastação.
Muitos navios mercantes foram capturados por corsários holandeses, causando prejuízos consideráveis ao comércio, e, em muitos locais, diferentes tribos de índios continuaram perturbar as povoações de colonos que lhes ficavam mais próximas.
Para tentar minimizar os efeitos destas adversidades, o governador tentou aumentar os rendimentos da colónia pelo que apoiou a agricultura, criou novas vilas e puniu os índios inimigos. Visitou o Recôncavo e a antiga capitania dos Ilhéus, reparou e modernizou a alfândega, terminou as fortificações de Ajudá e, sufocou, prontamente, um movimento insurreccional da guarnição de Salvador.
Ocupou-se ainda das letras, patrocinando o desenvolvimento intelectual da colónia e criando na Baía a "Academia dos esquecidos", à qual estavam vinculados os mais notáveis intelectuais brasileiros da época.
Fundou ainda, em 1733, o convento da Conceição da Lapa para as religiosas franciscanas.
Casou em 1696 com D. Juliana Lencastre.
Bibliografia:
CAMPO BELO, Conde de, Governadores Gerais e Vice-Reis do Brasil, Lisboa, Agência Geral das Colónias, 1935; Nova história da expansão portuguesa, dir. Joel Serrão e A. H. Oliveira Marques, vol. VII, O império Luso Brasileiro: 1620-1750, coord. de Fréderic Mauro, Lisboa, Estampa, 1991; VARNHAGEN, Francisco Adolfo de, História Geral do Brasil: antes da sua separação e independência de Portugal, São Paulo, Ed. Melhoramentos, 4ªed., 1948; ZÚQUETE, Afonso Eduardo Martins, Nobreza de Portugal e do Brasil, Lisboa, ed. Enciclopédia, 1960-1989.