Data de publicação
2009
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25º governador-geral do Brasil.
António de Sousa Meneses, filho de Francisco de Sousa Meneses (copeiro-mor do rei, alcaide-mor da Guarda e comendador de Bornes na ordem de Cristo) e de sua mulher D. Antónia de Noronha.
Em 1634, estava numa armada que foi esperar as naus da Índia e, em 1635, serviu na Baía como capitão de infantaria. Regressado ao Reino, voltou ao Brasil na armada do Conde da Torre, achando-se nas batalhas navais que este teve com os Holandeses.
Perdeu um braço em Pernambuco, tendo-o substituído por um outro de prata e por isso ficou conhecido como o Braço de Prata.
D. João IV nomeou-o capitão de uma companhia de infantaria que servia na comarca de Entre Douro e Minho. Mais tarde, em 1642, passou a capitão-mor de Estremoz e de Elvas no ano seguinte. Em 1645, foi nomeado capitão-mor de Olivença. Dez anos mais tarde, embarcou como capitão-mor na armada que levava o vice-rei conde de Sarzedas à Índia. Em 1658 foi nomeado governador de Campo Maior.
Finalmente, a 18 de Março de 1682, foi nomeado governador-geral do Brasil, onde esteve até 1684.
O governador era amigo de Francisco Teles de Menezes que havia sido remetido preso a Lisboa no tempo do conde de Óbidos, D. Vasco Mascarenhas, mas que voltou ao Brasil, como alcaide-mor da Baía. Tendo ascendente sobre o governador, Francisco Teles de Meneses vingou-se dos seus inimigos, que o tinham denunciado ao conde de Óbidos. Fez com que António de Sousa Meneses demitisse algumas pessoas dos principais cargos, colocando neles seus parentes e apaniguados.
Francisco Teles de Meneses acabou por ser assassinado numa cilada preparada por António de Brito, irmão do provedor da Alfândega André de Brito e Castro, que havia sido vítima da prepotência do governador e do aliado, que o tinham forçado a demitir.
António de Sousa Meneses, não conformado com a morte do seu aliado, mandou encarcerar o secretário de Estado, Bernardo Viera Ravasco, irmão do Padre António Vieira.
Ainda durante o seu governo deparou-se com uma epidemia de bexigas, que provocou falta de mão-de-obra nos engenhos e, consequentemente, falta de bens alimentares.
Tendo recebido várias queixas acerca do comportamento do governador, o rei rapidamente se apressou a substituí-lo.
Segundo Varnhagen, o governador ficou visto como um soldado valente, rude, capaz de todas as arbitrariedades. E foi vítima da sátira dos poetas baianos seus contemporâneos, entre os quais, Gregório de Matos.
Bibliografia:
CAMPO BELO, Conde de, Governadores Gerais e Vice-Reis do Brasil, Lisboa, Agência Geral das Colónias, 1935; Nova história da expansão portuguesa, dir. Joel Serrão e A. H. Oliveira Marques, vol. VII, O império Luso Brasileiro: 1620-1750, coord. de Fréderic Mauro, Lisboa, Estampa, 1991; VARNHAGEN, Francisco Adolfo de, História Geral do Brasil: antes da sua separação e independência de Portugal, São Paulo, Ed. Melhoramentos, 4ªed., 1948.
António de Sousa Meneses, filho de Francisco de Sousa Meneses (copeiro-mor do rei, alcaide-mor da Guarda e comendador de Bornes na ordem de Cristo) e de sua mulher D. Antónia de Noronha.
Em 1634, estava numa armada que foi esperar as naus da Índia e, em 1635, serviu na Baía como capitão de infantaria. Regressado ao Reino, voltou ao Brasil na armada do Conde da Torre, achando-se nas batalhas navais que este teve com os Holandeses.
Perdeu um braço em Pernambuco, tendo-o substituído por um outro de prata e por isso ficou conhecido como o Braço de Prata.
D. João IV nomeou-o capitão de uma companhia de infantaria que servia na comarca de Entre Douro e Minho. Mais tarde, em 1642, passou a capitão-mor de Estremoz e de Elvas no ano seguinte. Em 1645, foi nomeado capitão-mor de Olivença. Dez anos mais tarde, embarcou como capitão-mor na armada que levava o vice-rei conde de Sarzedas à Índia. Em 1658 foi nomeado governador de Campo Maior.
Finalmente, a 18 de Março de 1682, foi nomeado governador-geral do Brasil, onde esteve até 1684.
O governador era amigo de Francisco Teles de Menezes que havia sido remetido preso a Lisboa no tempo do conde de Óbidos, D. Vasco Mascarenhas, mas que voltou ao Brasil, como alcaide-mor da Baía. Tendo ascendente sobre o governador, Francisco Teles de Meneses vingou-se dos seus inimigos, que o tinham denunciado ao conde de Óbidos. Fez com que António de Sousa Meneses demitisse algumas pessoas dos principais cargos, colocando neles seus parentes e apaniguados.
Francisco Teles de Meneses acabou por ser assassinado numa cilada preparada por António de Brito, irmão do provedor da Alfândega André de Brito e Castro, que havia sido vítima da prepotência do governador e do aliado, que o tinham forçado a demitir.
António de Sousa Meneses, não conformado com a morte do seu aliado, mandou encarcerar o secretário de Estado, Bernardo Viera Ravasco, irmão do Padre António Vieira.
Ainda durante o seu governo deparou-se com uma epidemia de bexigas, que provocou falta de mão-de-obra nos engenhos e, consequentemente, falta de bens alimentares.
Tendo recebido várias queixas acerca do comportamento do governador, o rei rapidamente se apressou a substituí-lo.
Segundo Varnhagen, o governador ficou visto como um soldado valente, rude, capaz de todas as arbitrariedades. E foi vítima da sátira dos poetas baianos seus contemporâneos, entre os quais, Gregório de Matos.
Bibliografia:
CAMPO BELO, Conde de, Governadores Gerais e Vice-Reis do Brasil, Lisboa, Agência Geral das Colónias, 1935; Nova história da expansão portuguesa, dir. Joel Serrão e A. H. Oliveira Marques, vol. VII, O império Luso Brasileiro: 1620-1750, coord. de Fréderic Mauro, Lisboa, Estampa, 1991; VARNHAGEN, Francisco Adolfo de, História Geral do Brasil: antes da sua separação e independência de Portugal, São Paulo, Ed. Melhoramentos, 4ªed., 1948.