Data de publicação
2009
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Embaixador em Lisboa.
Nasceu a Junho de 1608 em Ware Park. Em Novembro de 1623 entrou no Jesus College de Cambridge e em Janeiro de 1626 começou a frequentar o Inner Temple, onde estudou direito durante um ano, tendo depois desistido. Viajou pela Europa, onde adquiriu conhecimentos linguísticos que estiveram na origem do convite, em 1635, para secretário de Estado do embaixador britânico em Madrid, cargo que ocupou durante cinco anos.
Com o advento da guerra civil, colocou-se ao lado da causa régia, acompanhando o monarca britânico em Oxford, no âmbito da sua fuga de Londres. Ali conheceu e casou com Anne, em Maio de 1644. Por volta dessa data, foi designado como ministro de guerra de Carlos I e passou a integrar o seu Conselho. Durante a restante década, trabalhou ao lado dos realistas, realizando vários expedientes por várias capitais europeias. Em Setembro de 1650, foi-lhe conferida a dignidade de baronete. Um ano depois era preso na Escócia, em sequência de confrontos com os parlamentares. Permaneceu cativo em Whitehall durante cerca de três meses, saindo sob fiança. Em finais de 1659 juntou-se a Carlos II, acompanhando-o nos preparativos e na efectivação do seu regresso, que restaurou a monarquia britânica. Foi eleito para o Parlamento em 1661, sendo nessa altura secretário latino do Conselho de Estado e Mestre das Petições.
Entre Setembro e Dezembro de 1661, foi embaixador extraordinário em Lisboa. Do leque de objectivos da sua missão estava a preparação da entrega de Bombaim, estender as concessões na Índia a Baçaim e inteirar-se do poder português no Brasil. Num outro prisma, levou o retrato de Carlos II, mostrando-o a D. Catarina de Bragança, sua futura esposa. A demora do desembarque da infanta, principal objectivo da sua missão, pôs termo à sua embaixada, tendo regressado ao reino britânico, onde foi nomeado como conselheiro privado da Irlanda.
Entre 1662-63 regressa a Lisboa como embaixador. As suas instruções incidam sobre o dote da rainha (ainda faltavam pagar parte do primeiro milhão de cruzados acordado) e das tropas britânicas em auxílio no território português. Fanshaw procurou, de igual modo, acordar as pazes entre as coroas ibéricas, sem sucesso. Após regressar de Lisboa, foi designado como conselheiro privado.
No início de 1664 foi nomeado como embaixador em Madrid, onde teve como principal objectivo negociar um acordo com a monarquia hispânica, o que conseguiu em finais do ano seguinte, procurando, sem sucesso, incluir o Reino português neste pacto. No entanto, o acerto deste com os espanhóis foi realizado sem o conhecimento da coroa britânica, facto que levou à sua destituição do cargo de embaixador, onde foi substituído pelo conde de Sandwich, em Maio de 1666. No mês seguinte, ainda em Madrid, morreu vítima de Malária.
Bibliografia:
PRESTAGE, Edgar, As Relações Diplomáticas de Portugal com a França, Inglaterra e Holanda de 1640 a 1668, Coimbra, Impr. da Universidade, 1928. STEPHEN, Leslie, LEE, Sidney (eds.), The Dictionary of National Biography, vol. VI, Oxford, University Press, 1998, pp. 1048-53.
Nasceu a Junho de 1608 em Ware Park. Em Novembro de 1623 entrou no Jesus College de Cambridge e em Janeiro de 1626 começou a frequentar o Inner Temple, onde estudou direito durante um ano, tendo depois desistido. Viajou pela Europa, onde adquiriu conhecimentos linguísticos que estiveram na origem do convite, em 1635, para secretário de Estado do embaixador britânico em Madrid, cargo que ocupou durante cinco anos.
Com o advento da guerra civil, colocou-se ao lado da causa régia, acompanhando o monarca britânico em Oxford, no âmbito da sua fuga de Londres. Ali conheceu e casou com Anne, em Maio de 1644. Por volta dessa data, foi designado como ministro de guerra de Carlos I e passou a integrar o seu Conselho. Durante a restante década, trabalhou ao lado dos realistas, realizando vários expedientes por várias capitais europeias. Em Setembro de 1650, foi-lhe conferida a dignidade de baronete. Um ano depois era preso na Escócia, em sequência de confrontos com os parlamentares. Permaneceu cativo em Whitehall durante cerca de três meses, saindo sob fiança. Em finais de 1659 juntou-se a Carlos II, acompanhando-o nos preparativos e na efectivação do seu regresso, que restaurou a monarquia britânica. Foi eleito para o Parlamento em 1661, sendo nessa altura secretário latino do Conselho de Estado e Mestre das Petições.
Entre Setembro e Dezembro de 1661, foi embaixador extraordinário em Lisboa. Do leque de objectivos da sua missão estava a preparação da entrega de Bombaim, estender as concessões na Índia a Baçaim e inteirar-se do poder português no Brasil. Num outro prisma, levou o retrato de Carlos II, mostrando-o a D. Catarina de Bragança, sua futura esposa. A demora do desembarque da infanta, principal objectivo da sua missão, pôs termo à sua embaixada, tendo regressado ao reino britânico, onde foi nomeado como conselheiro privado da Irlanda.
Entre 1662-63 regressa a Lisboa como embaixador. As suas instruções incidam sobre o dote da rainha (ainda faltavam pagar parte do primeiro milhão de cruzados acordado) e das tropas britânicas em auxílio no território português. Fanshaw procurou, de igual modo, acordar as pazes entre as coroas ibéricas, sem sucesso. Após regressar de Lisboa, foi designado como conselheiro privado.
No início de 1664 foi nomeado como embaixador em Madrid, onde teve como principal objectivo negociar um acordo com a monarquia hispânica, o que conseguiu em finais do ano seguinte, procurando, sem sucesso, incluir o Reino português neste pacto. No entanto, o acerto deste com os espanhóis foi realizado sem o conhecimento da coroa britânica, facto que levou à sua destituição do cargo de embaixador, onde foi substituído pelo conde de Sandwich, em Maio de 1666. No mês seguinte, ainda em Madrid, morreu vítima de Malária.
Bibliografia:
PRESTAGE, Edgar, As Relações Diplomáticas de Portugal com a França, Inglaterra e Holanda de 1640 a 1668, Coimbra, Impr. da Universidade, 1928. STEPHEN, Leslie, LEE, Sidney (eds.), The Dictionary of National Biography, vol. VI, Oxford, University Press, 1998, pp. 1048-53.